Lubango – Quatro cidadãos, dos 32 a 48 anos de idade, foram detidos, em flagrante, na terça-feira, no Lubango, pela Polícia Nacional (PN), em posse de três toneladas de cabos eléctricos de alta tensão, supostamente roubados à Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE).
Entre os cidadãos, todos nacionais constam um gerente de uma empresa exploração de sucatas, residente no Lubango, um motorista, um vendedor de cabos eléctricos que vive no município de Caluquembe e um ajudante de viatura, natural da província do Cuando-Cubango.
Ao falar do caso, o segundo comandante da PN no Lubango, inspector Lucas Justino, referiu que os mesmos circulavam numa viatura de marca Mitsubishi Canter, transportando três mil metros de cabos, tirados de um estaleiro no bairro Tchavola, pertencente à uma cidadã chinesa, cujo destino era a província de Benguela.
Declarou que os cidadãos foram interpelados no posto policial da localidade do Toco, pela Polícia, no período nocturno.
“Durante o interrogatório, os suspeitos alegaram que o material era proveniente do município da Bibala, província do Namibe, onde os mesmos aliciavam os cidadãos a subtraírem ou cortarem cabos eléctricos de alta tensão, seguidamente eram orientados a efectuar a queima, para a remoção da borracha”, explicou.
Lucas Justino ressaltou que o carregamento deste material para Benguela também foi efectuado no período nocturno, em que o motorista foi dispensado, tendo encontrado posteriormente a viatura já carregada.
Detalhou que os suspeitos embalaram o material em sacos que colocaram no fundo e por cima camuflaram com latas, para ludibriar as autoridades.
Neste momento, segundo a fonte, a proprietária do estaleiro, a cidadã chinesa encontra-se foragida, mas as investigações prosseguem para que a mesma seja localizada, detida e responsabilizada de acordo ao grau do dano que provocou à sociedade.
Ainda sobre a mesma cidadã chinesa, o inspector salientou que foi provado que é proprietária de um estaleiro de fábrica de blocos, local que servia de camuflagem para práticas ilícitas, pois é no interior desse que eram efectuados as compras dos cabos e é nos mesmos onde foi feito o carregamento do material que tinha destinos para Benguela e Luanda, para cidadãos chineses.
Reiterou a cooperação da população em casos do género para que possam ceifar esses males que nada bonificam a sociedade. EM/MS