Cuito - A polícia nacional deve continuar a reforçar o diálogo com os cidadãos, para garantir a ordem, a paz e tranquilidade públicas e obter maior colaboração da população quando os casos de denúncias dos actos criminosos.
O pensamento é do professor universitário Mário Francisco, que dissertou, durante uma palestra, o tema “Relação entre Polícia Nacional e cidadão e Desafios”, cerimónia que marcou a abertura das jornadas comemorativas dos 49 anos da criação da corporação (28 de Fevereiro).
O académico considerou fundamental uma comunicação com transparência na relação entre polícia e cidadão (diálogo aberto), para construir confiança e legitimidade das forças da ordem e segurança.
Sublinhou ainda que o diálogo aberto permite que a polícia compreenda as necessidades reais da população e consequentemente o cidadão se sente ouvido e valorizado diante das autoridades.
Lembrou, no entanto, que a polícia deve ser a primeira a defender os direitos humanos, actuar como agente de transformação social, visando promover a inclusão e a justiça na sociedade.
No seu entender, a segurança pública é um direito de todos, assim como deve ser compartilhada entre a polícia e a sociedade.
“ Um agente da PN, na sua relação com o cidadão, deve evitar condutas que violam os direitos do indivíduo, como a tortura, maus-tratos físicos e psicológicos, usar a sua posição para intimidar ou coagir o cidadão sem justa causa entre outros”, argumentou.
Outrossim, alertou a importância da polícia manter relações saudáveis com os órgãos de comunicação social, quer públicos quer privadas, assim como os usuários das redes sociais, visando elucidar a imagem da corporação junto da população.
“A polícia deve ser mais aberta e proactiva, fornecendo informações precisas e oportunas à imprensa”, explicou.
Ao encerrar o acto, o comandante da polícia nacional no Bié, comissário Gabriel Francisco Diogo, encorajou os efectivos a manterem o rigor, disciplina e coesão nas acções emanadas superiormente, com destaque ao combate ao crime, imigração ilegal e outras.
As jornadas em alusão a data, que decorre sob lema “Policia Nacional, 49 Anos, na garantia da ordem e tranquilidade públicas”, reserva ainda actividades desportivas, culturais e visitas em locais históricos.
O Dia da Polícia Nacional é celebrado todos os anos a 28 de Fevereiro, por ter sido nesta data que, em 1976, o primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, presidiu, na Escola de Polícia Mártires do Kapolo, em Luanda, a cerimónia de juramento de bandeira de 383 efectivos. BAN/PLB