Passageiros do Cuito/Luanda querem preços mais baixos

     Sociedade           
  • Bié     Domingo, 05 Setembro De 2021    10h53  

Cuito - Os cidadãos que normalmente viajam do Cuito para Luanda e vice-versa reclamam dos preços praticados pelas operadoras de transportes terrestres, apesar de os valores já sofrerem uma baixa em função do levantamento da cerca sanitária da província de Luanda, no dia 31 do mês de Agosto.

As operadoras estão a cobrar entre 18 mil e 700, o mais alto, e dez mil, o mais baixo, contra os trinta a 25 mil anteriormente cobrados, antes do levantamento da cerca.

Ainda assim, os passageiros pedem que os preços da viagem seja o mesmo praticado antes do surgimento da pandemia da covid-19, que era entre oito a sete mil kwanzas.

Em declarações à ANGOP, alguns viajantes foram unânimes em destacar a abertura da capital do país, por ser o maior centro comercial, porém, advogam à necessidade de haver uma redução substancial do preço, assim como o aumento de autocarros neste troço.

A comerciante Maria das Dores, que saiu do Cuito para Luanda, solicitou das autoridades o aumento de autocarros públicos interprovinciais, sobretudo para Luanda, de modo a possibilitar que haja uma redução dos preços, que antigamente era seis a oito mil Kwanzas.

A cidadã, que ficou 17 meses sem ir buscar negócios à capital do país, mostrou-se feliz com abertura da rota, na medida em que retoma o seu empreendedorismo.

Já Barnabé Pascoal, também comerciante, referiu que nunca parou com as suas actividades durante este período que Luanda esteve fechada, embora tenha gasto avultados valores com a transportação, que chegou a atingir mais de dois milhões de Kwanzas.

“A medida do levantamento não vem só ajudar os comerciantes, mas o cidadão comum, que viaja com alguma frequência a Luanda para tratamentos médicos, estudos e outros, mas encontrava dificuldades”, enfatizou.

O cidadão Jovito Manuel advoga à necessidade do sector privado aumentar a oferta de autocarros, com vista a facilitar que o preçário se estabilize aos oito mil Kwanzas, como se verificava há seis anos, assim como solicita ao Executivo a fiscalizar os preços do bilhete de passagem nos controlos instalados.

Agências de Transportes aplaudem medida

Uma fonte ligada à empresa Macon, que pediu anonimato, admitiu haver ganhos com a abertura de Luanda, pois estão a operar a cem por cento e com a possibilidade de na próxima semana introduzir três frequências, sendo que agora contam com duas: Uma no período da manhã e outra às 16 horas. A terceira prevê-se que seja às 18 horas.

Os preços nesta operadora, para esta rota, custam 18 mil e 700, contra os 30 mil cobrados antes.

A fonte disse que, em função da afluência de passageiros, por enquanto vão manter o preço, embora exista estudos para a sua redução.

Outro responsável que falou sob anonimato é o da empresa PNJ, situada na comuna do Cunje. Reconheceu a adesão dos passageiros para Luanda.

“Imagine só que o nosso autocarro levava apenas metade da sua capacidade, que é mais de 50 passageiros, mas desde que o Governo levantou a cerca sanitária de Luanda já lotamos em três dias. Como só temos uma frequência, pela manha, queremos estudar a possibilidade de aumentar mais uma no período da noite”, confidenciou.

Nesta empresa, os bilhetes estão a ser comercializados a 15 mil Kwanzas.

Por sua vez, o gerente da empresa Ângulo-comercial, Domingos Abel, adiantou que a operadora optou por praticar o preço de 12 mil Kwanzas, o que tem estado atrair mais passageiros.

Assegurou que com esta abertura de Luanda a operadora estima duplicar os lucros, que foram reduzindo de forma drástica, assim como dar mais empregos aos jovens, na eventualidade de manter o actual fluxo que se verifica há três dias.

Por sua vez, o responsável da empresa Benez comercial, Inácio Loth, informou que a transportadora está a praticar o preço de 15 mil Kwanzas, contra os 21 mil, o que tem estado a permitir levar só esses dias mais de 40 passageiros, diariamente, à capital de Angola.

Confirmou ser um preçário provisório, na medida em que há uma concorrência satisfatória na província do Bié e que o cliente tem estado a decidir viajar em operadoras seguras e menos cara, daí que, dentro de pouco tempo, o preço venha a estar abaixo dos 15 mil Kwanzas.

Já o gerente da ACC-comercial, Bernabé Camuti, adiantou que a empresa colocou, pela primeira vez, a rota Cuito/Luanda com o preço de 10 mil Kwanzas, de modo que haja mais passageiros.

Bernabé Camuti aplaudiu a medida do Executivo, pelo facto da sua instituição estar apenas a operar para as províncias de Benguela, Huambo e Cuando Cubango.

Com a abertura da capital do país, prevê-se maximizar os lucros e atrair mais clientes.

Para o responsável do parque do Chissindo, Domingos Jamba José, o actual preço é de 15 mil Kwanzas, contra os 30 mil, admitindo haver pouca adesão, devido ao desconhecimento de alguns cidadãos, mas que durante os próximos tempos a situação poderá reverter-se.

Apesar disso, acrescentou que, antes do levantamento da cerca sanitária de Luanda, o parque registava uma saída de dois autocarros diários. Agora, poderão aumentar para quatro.

Medidas de biossegurança garantidas

Entretanto, os interlocutores da ANGOP afirmam que redobraram as medidas de biossegurança, de modo a conter a propagação do vírus.

As operadoras estão a exigir dos passageiros o uso obrigatório da máscara, álcool gel, assim como passam a mensagens à necessidade dos cidadãos afluírem aos postos de vacinação da covid.





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