Luanda – O governo deve definir políticas adequadas para que o aumento da população seja um factor de desenvolvimento económico, advogou, nesta quinta-feira, em Luanda, a terceira secretária da mesa da Assembleia Nacional, Rosa Albino.
Falando numa mesa redonda sobre “ Tendências demográficas e famílias”, promovida pela 8ª Comissão de trabalho da Assembleia Nacional, no âmbito do Dia Internacional da Família, disse que as famílias devem ser fortalecidas e gozar de protecção e apoio.
No seu entender, este núcleo social deve beneficiar de políticas “amigáveis” que promovam a igualdade de género, protecção das crianças, equilíbrio entre o trabalho e as obrigações familiares e que propiciem a solidariedade entre gerações.
De acordo com a responsável, deve-se, igualmente, expandir os serviços de planeamento familiar e de saúde materno-infantil, campanhas de sensibilização das famílias sobre a regulação da fertilidade e o seu valor, melhorar as condições de vida das famílias, em geral, e das crianças em particular.
Apontou ainda para o aumento da taxa de escolaridade dos jovens, a melhoria das condições económicas, sociais e jurídicas das mulheres, conferindo-lhes uma voz mais forte nas decisões sobre os aspectos reprodutivos e produtivos da família.
Lembrou que, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a população angolana actualmente estima-se em mais de 34 milhões de habitantes e, deste modo, factores como a redução dos índices de mortalidade, o acesso aos cuidados de saúde, à educação e à formação profissional, são determinantes para transformar o crescimento populacional numa vantagem estratégica.
No entanto, alertou para o facto do actual crescimento demográfico poder acarretar algumas consequências, tais como a escassez de alimentos, aumento da poluição, a degradação dos ecossistemas naturais, a propagação de epidemias, maior procura de empregos e de habitações, necessidade de mais transportes, s escolas, hospitais, entre outros serviços.
Para si, a demografia não pode ser ignorada, por ser o melhor ponto de partida para estruturar as políticas económicas, do mesmo modo que, a humanidade, deve olhar para além dos números e cumprir a sua responsabilidade de proteger as pessoas.
A mesa redonda teve, entre outros, o objectivo de despertar a atenção da população para a importância da família como núcleo vital da sociedade e para os seus direitos e responsabilidades, bem como promover o conhecimento em questões sociais, económicas e demográficas que os afectam. MGM/ART