Huambo - O arcebispo do Huambo, dom Zeferino Zeca Martins, considerou, esta segunda-feira, o Papa Emérito, Bento XVI, falecido sábado último, como um exemplo de humildade e coerência, que marcou a história da Igreja Católica e da humanidade.
O prelado católico fez estas considerações quando reagia, em declarações à imprensa, a morte do Sumo Pontífice Emérito, ocorrida a 31 de Dezembro último, aos 95 anos, no mosteiro Mater Ecclesiae, em Roma, vítima de doença.
De acordo com o religioso, Bento XVI marcou, com a sua fé, a história da igreja católica e da humanidade, por ter sido um exemplo de humildade e verdadeiro servidor de Jesus Cristo.
Disse que o Papa Emérito foi, igualmente, “um exemplo vivo de uma vivência na simplicidade, na diferença e da prática da verdade que liberta”.
Dom Zeferino Zeca Martins destacou que, entre as qualidades do Papa Bento XVI destaca-se a coragem da renúncia do papado, fruto da sua coerência, verticalidade e comprometimento com o bem de todos os cristãos católicos e não só.
“Por isso, a sua morte constitui uma grande perda para a Igreja Católica e para a humanidade, em geral, que vê partir um servo de Deus, que sempre se empenhou e se dedicou para o seu desenvolvimento”, expressou.
O arcebispo apelou aos fiéis católicos a rezarem pelo eterno descanso do Papa Emérito e a aprender dele a capacidade de se abster do relativismo dos tempos actuais, que desnaturalizam a dignidade humana.
O Papa Bento XVI renunciou o papado, a 28 de Fevereiro de 2013, devido à sua idade avançada, tornando-se no primeiro Sumo Pontífice a abdicar do posto desde o papa Gregório XII, em 1415, tendo sido substituído, a 13 de Março do mesmo ano, pelo actual Bispo de Roma, Papa Francisco.
O Papa Emérito Bento XVI visitou Angola, entre 20 e 23 de Março de 2009, a realização de várias actividades.
Angola é o segundo país africano, depois dos Camarões, que recebeu a visita do Papa Bento XVI, depois da sua eleição (19 de Abril de 2005), pelo Colégio de Cardeais.
A primeira visita de um Santo Padre a Angola foi efectuada em Junho de 1992, por João Paulo II, falecido a 02 de Abril de 2005.