Malanje- Angola pretende alargar os níveis de cooperação institucional e científica, através de parcerias com universidades estrangeiras de referência internacional, rumo a melhoria da qualidade de ensino superior e inovação tecnológica.
Essa medida consta das prioridades do Executivo para o quinquénio 2022/2027, que abrange igualmente a capacitação das instituições deste subsistema de ensino nos vários domínios, incluindo financeiros e infra-estruturais.
A informação foi avançada hoje, sexta-feira, em Malanje, pela ministra de Estado para o sector social, Dalva Ringote Allen, durante o acto de abertura do ano académico 2022/23, tendo realçado que o Executivo prevê igualmente dotar as unidades académicas de equipamentos modernos de apoio ao ensino.
“Potenciar o ensino superior no sentido de se posicionar como um dos suportes da transformação digital, apoiar a inovação empresarial e aumentar o número de incubadoras de empresas nas instituições, são também desafios para os próximos cinco anos”, frisou.
Dalva Ringote disse que a concretização destes projectos constitui um compromisso do Executivo de continuidade dos programas de orientação e capacitação científica, que passa pela concepção de bolsas de estudo internas e externas em cursos de pós-graduação, mestrados, doutoramentos e pós-doutoramentos, em diversas especialidades.
Precisou que os projectos de desenvolvimento da ciência e tecnologia, bem como de envio anual dos 300 melhores licenciados às melhores universidades do mundo para a frequência de mestrados, mantêm-se, visando estimular cada vez mais a qualidade do ensino universitário em Angola.
Por outro lado, a ministra de Estado destacou que para além da produção de conhecimentos, os cientistas e académicos, as instituições de ensino superior e de investigação, devem ter em conta a promoção da equidade do género nos trabalhos de investigação científica e nas autorias das publicações científicas, considerando as capacidades técnicas e outras das mulheres, relevantes para o desenvolvimento do país.
Por sua vez, o governador de Malanje, Marcos Nhunga, considerou que a província assume o desafio de elevar cada vez mais a qualidade de ensino superior e responder com eficácia as demandas formativas dos cidadãos, o que também constitui uma mola impulsionadora na busca de soluções para os problemas sociais através da investigação e extensão científica.
Afirmou que para tal, é imperioso a criatividade, inovação, aumento da competitividade das indústrias, da eficiência e da gestão de riscos, para além dos recursos humanos altamente qualificado, dai que as universidades são chamadas a intervir.
“As universidades são a força motriz do conhecimento e delas depende a capacidade de promover o desenvolvimento diversificado da sociedade”, frisou, acrescentando que por esse facto, o governo tudo fará com vista a transformar a Universidade Rainha Njinga a Mbande (URNM), de Malanje, numa das mais modernas e reputadas do país, rumo a promoção do desenvolvimento local.
Por outro lado, Marcos Nhunga enfatizou o facto de nos próximos tempos, Malanje ter um campus universitário a ser construído no perímetro do Instituto de Tecnologia Agro-alimentar, pelo que apelou a comunidade académica no sentido de se engajar arduamente na formação universitária para responder os desafios da província.
O acto de abertura do ano académico foi marcado com mensagens da comunidade de docentes e dos estudantes do ensino superior do país e testemunhado por reitores, professores e académicos das diversas regiões universitárias do país.