Menongue - O secretariado provincial da Organização da Mulher Angolana (OMA) no Cuando Cubango vai remeter, nos próximos dias, ao governo da província, uma proposta para o tratamento célere dos casos de fuga à paternidade, por ser um problema social que impende o crescimento harmonioso dos lesados.
O documento a ser enviado ao governo provincial visa permitir que, através dos órgãos de direitos, sejam gizadas acções para que os direitos das crianças não sejam lesados, porquanto dificultam o seu crescimento saudável, psicológica e social.
A fuga à paternidade tem penalizado muitas crianças, sobretudo no acesso ao registo de nascimento, o que tem atrasado a entrada de muitas no sistema normal de ensino.
Esta preocupação foi tema de uma palestra esta quarta-feira, em Menongue, no âmbito do Março-Mulher, numa promoção do secretariado local da Organização da Mulher Angolana (OMA).
A secretária em exercício desta organização feminina afecta ao partido no poder MPLA, Ondina Chiaca, referiu que muitos dos 11 compromissos assumidos pelo governo angolano a favor da criança não são postos em prática.
O jurista Afonso Mucanda, que dissertou o tema, referiu que a fuga à paternidade tornou-se, actualmente, um problema social, porque está generalizado nas comunidades, em que a culpa não está directamente ligada ao pai, como sempre aventa-se, mas de ambos (pai e mãe).
Pediu mais diálogo entre os cônjuges, de forma a evitar no futuro e no seio da família filhos delinquentes e gravidezes precoce.