Huambo - A secretária executiva da OMA na província do Huambo, Celina Luvindja, defendeu, esta sexta-feira, a necessidade de haver mais interesse das mulheres em cargos de liderança e chefia, com base nas competências e habilidades profissionais.
Celina Luvindja falava durante um encontro que manteve com mulheres de vários estratos sociais, inserido no programa da Organização da Mulher Angola de reforço à liderança feminina e a sua participação activa na vida política do país e da província do Huambo, em particular.
A responsável disse ser fundamental que as mulheres apostem na formação, académica e técnico-profissional, para além de serem mais destemidas ao assumirem cargos e serem modelo num exercício da boa governação.
Lamentou o facto de muitas mulheres, apesar da capacidade académica e técnico-profissional, se recusarem assumir cargos de liderança e chefia, uma realidade que a OMA tem vindo a combater por via de palestras e acções de sensibilização, na perspectiva do empoderamento feminino.
Celina Luvindja considerou satisfatória a posição actual da província do Huambo em termos de igualdade do género, facto que concorre para o cumprimento desta meta, que consta da Agenda Política do MPLA.
Na ocasião, as participantes ao encontro enalteceram a iniciativa do Secretariado Executivo da OMA, por promover o empoderamento feminino e, ao mesmo tempo, contribuir com o seu saber no desenvolvimento social e económico.
A psicóloga Luísa Ngueve disse que o reforço da liderança feminina e a sua participação na vida política, social e económica passa, essencialmente, pela mudança de mentalidade das famílias, em relação à igualdade de oportunidade de formação dos filhos, independentemente do género.
Lembrou o papel das famílias na construção da personalidade dos filhos, desde cedo, para as lideranças, com foco na construção de uma sociedade mais justa para o bem comum.
Criada em 1962, em Leopoldville, actual Kinshasa (República Democrática do Congo), por um grupo de mulheres angolanas, filiadas na associação filantrópica denominada “Kudiangó”, a OMA, afecta ao MPLA, é a maior organização feminina em Angola. MLV/JSV/ALH