Huambo - A secretária da Organização da Mulher Angolana (OMA) no Cuando Cubango, Cecília Bimba Incha, encorajou, terça-feira, a sociedade civil a continuar a denunciar todas as formas de violência doméstica, para o bem-estar das comunidades.
A responsável falava na abertura da Campanha Provincial dos 16 dias de Activismo contra a Violência no Género, celebrado este ano sob o lema “Mulheres unidas contra o abuso Sexual”, cujo desfecho acontece a 10 de Dezembro próximo.
Na ocasião, Cecília Incha defendeu que as mulheres não devem ignorar os sinais de violência, que podem começar com agressões verbais e evoluir para situações mais alarmantes, como lesões físicas e psicológicas.
Sinalizou que os 16 dias de activismo contra a violência do género devem servir de reflexão em torno do combate à violência contra mulheres e crianças, bem como sobre assédio sexual.
Indicou que os 16 dias são de extrema importância, pois visam evitar a libertação de presos condenados por violência contra mulher, incentivar as campanhas de sensibilização nas comunidades, com maior destaque às jovens e raparigas de não tolerar ou aceitar a violência.
A abertura, marcada de a uma palestra dirigida a 100 mulheres, serviu para a recolha de dados que vão reforçar a luta contra este mal e, ao mesmo tempo, avaliar o estado de como a violência contra as mulheres está patente no contexto da pobreza.
Durante os 16 dias de activismo, o Secretariado da OMA no Cuando Cubango vai realizar palestras sobre violência doméstica nas instituições públicas e privadas, seminários em escolas, igrejas, mercados e encontro com mulheres de vários estratos sociais, para maior diálogo sobre o fenómeno da agressão física e sexual contra mulheres e menores no ambiente familiar.
Durante o ano em curso, ao nível da província do Cuando Cubango, foram registados 180 casos de violência contra 177 em relação ao ano passado.
O Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher é celebrado anualmente em 25 de Novembro, para denunciar a violência contra as mulheres no mundo e exigir políticas para sua erradicação em todos os países. LMZ/ALK7FF/ALH