Huambo - Centenas de militantes da Organização da Mulher Angolana (OMA) marcharam, esta sexta-feira, nas principais artérias da cidade do Huambo, em repúdio à violência sexual de menores.
A caminhada, iniciada no Largo Deolinda Rodrigues e término no Comité Provincial do MPLA, marcou as celebrações do 63º aniversário da organização feminina do MPLA, fundada a 10 de Janeiro de 1962.
Na ocasião, secretária executiva da OMA na província do Huambo, Celina Luvindja, disse que as militantes estão engajadas nas campanhas de sensibilização contra a violência doméstica, abuso sexual de menores e o vandalismo do património público.
Disse que O abuso sexual de menores é um acto que fere não só a integridade física e psicológica da vítima, mas que deixa marcas profundas e acaba com a infância de qualquer criança.
Por isso, apelou à elevação de abordagens sobre os 11 compromissos da criança, aliada à promoção de programas sobre a moralização e resgate dos valores culturais, com o propósito de humanizar as comunidades e, consequentemente, colocar as famílias na primeira linha de vigilância e protecção das crianças.
No final, o segundo-secretário do MPLA na província do Huambo, Adérito Chimuco, recomendou as militantes da OMA a participarem activamente nos esforços de manutenção da paz, da estabilidade social e de promoção do desenvolvimento sustentável.
O político desafiou a OMA para alargar os compromissos de mobilização dos cidadãos para poderem participar na preservação da Independência Nacional, proclamada há 50 anos.
Dados estatísticos do Instituto Nacional da Criança (INAC) na província do Huambo apontam para o registo, em 2024, de 36 casos de violência sexual de menores, contra 24 do ano anterior.
A OMA foi fundada em 1961 em Leopoldville, actual República Democrática do Congo, por um grupo de mulheres angolanas, filiadas na associação filantrópica denominada “Kudiango”. LT/JSV/ALH