Ondjiva - As obras do lote 1 de construção do sistema de transferência de água do rio Cunene, a partir da região do Cafu, apresentam 40 por cento de execução física e 36 na componente financeira.
A informação foi prestada, esta terça-feira, pelo director-geral do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH), Manuel Quintino, ao abordar a execução do projecto, um dos quatro gizados pelo Executivo para acabar com a problemática da seca na província do Cunene, durante uma visita do ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
Fez saber que a empreitada decorre de forma satisfatória, apesar dos constrangimentos ligadas a importação de equipamentos, pagamento das facturas em tempo oportuno e a quebra da taxa de câmbio.
Avaliado em 44 mil milhões 358 milhões 360 mil 651 kwanzas, o projecto, em construção há um ano, tem a sua conclusão prevista para Fevereiro de 2022.
O projecto está dividido em dois lotes, compreendendo o primeiro a construção da captação, no rio Cunene, do sistema de bombagem, da conduta pressurizada, do canal aberto, a partir de Cafu até Cuamato, e de 10 chimpacas.
Já o segundo lote, esclareceu, que apresenta uma execução física de 28 por cento e financeira de 29 por cento, engloba a construção de dois canais adutores, a partir de Cuamato, sendo um (condutor oeste) que vai até Ndombondola, com 55 quilómetros, e outro (condutor este) até ao município de Namacunde, com 53 quilômetros.
Na primeira fase, cada um dos grupos será dimensionado para elevar de um a 30 metros cúbicos por segundo, um caudal a elevar dois metros cúbicos por segundo (dois grupos em paralelo + um de reserva), da cota de nível mínimo na câmara de aspiração, com mil 105,20 metros, com a cota de chegada a estrutura de transição com mil 130,70 metros.
O programa tem como objectivo principal a construção de sistemas de adução de volumes de água da bacia do Cunene, para reforço das disponibilidades na bacia do Cuvelai, bem como a satisfação de consumos ao longo dos canais, incluindo ainda o serviço de transferência de caudais, que corresponde a um funcionamento contínuo do sistema durante um largo período de tempo.
Durante a jornada de trabalho no Cunene, o ministro vai visitar as chimpacas construídas no canal condutor leste do projecto, em Oshindugulo.
João Baptista Borges vai ainda inteirar-se dos trabalhos de montagem das duas centrais térmicas de Ondjiva, com capacidade de 50 megawatts, que vai permitir o aumento da capacidade de produção de energia eléctrica.