Ondjiva- O vice-governador para o sector político, económico e social do Cunene, Apolo Ndinoulenga, apelou, esta quinta-feira, às famílias a resgatarem os valores morais e cívicos, de modo a garantir a sã convivência e consolidar a harmonia social.
O responsável, que falava na abertura da 23ª Conselho Provincial da Família, realçou a necessidade de as famílias e as comunidades assumirem um papel central na transmissão de valores morais, visando a promoção de boas práticas e moralização da sociedade.
Apolo Ndinoulenga realçou que a família é a base principal de uma sociedade organizada, moralizada e humanizada, assim a convivência em família implica a interacção constante entre os seus membros, estabelecendo relações que servem para manter o sistema de equilíbrio.
Neste sentido e preocupado com a estabilidade familiar, acrescentou que esforços estão a ser envidados para estruturação das famílias, visando o fortalecimento da sociedade e da criação da personalidade digna de respeito.
O vice- governador reconheceu que a desestruturação familiar continua a ser uma realidade na região, contribuindo para a perda de valores e conflitos nos lares.
“ A desestruturação familiar continua a ser, infelizmente, uma realidade e por conta disso temos assistido a perda de valores e o desrespeito entre membros da mesma família", sublinhou.
Por consequência disso, esclareceu, assiste-se um elevado número de gravidez precoce, uso excessivo de bebidas alcoólicas e outras drogas, desrespeito pela dignidade humana, falta de civismo ou desrespeito pelas regras da vida comunitária, violação sexual que nos alguns casos os implicados são os próprios membros das famílias.
Por outro lado, enalteceu o trabalho desenvolvido pelo conselho provincial na busca de soluções adequadas para a resolução de muitos problemas que afectam as famílias.
Por esta razão, exortou os participantes a tirarem o maior proveito dos temas em análise, com vista a serem disseminados em benefício das comunidades.
Por seu turno, o director em exercício do gabinete da Acção Social, família e Igualdade do Género, Alexandre Tulikeni, disse que o certame visa de modo geral reflectir sobre os programas e políticas públicas em prol da valorização da família e reforço das suas competências.
Definiu o conselho de família como um espaço de auscultação e concertação dos problemas que enfermam as famílias, buscando soluções adequadas para o realinhamento das políticas relativas à família.
Sob o lema “Inclusão social das famílias, bem-estar e dignidade para todos”, os participantes estão a abordar temas relacionados com os direitos, deveres e responsabilidade das famílias, Educação na perspectiva do género e cultura de paz e o papel da família na promoção e protecção do meio ambiente.
Participam no certame, com duração de um dia, directores provinciais, administradores municipais, autoridades tradicionais e religiosas, partidos políticos, representantes das organizações da sociedade civil, entre outros convidados.FI/LHE/VIC