Luanda – O novo portal da Agência Angola Press (ANGOP), já disponível para os internautas, dignifica os 45 anos da empresa, afirmou, nesta terça-feira, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social.
Conforme Manuel Homem, que falava no acto formal de lançamento da página, este instrumento é o "reflexo da missão de informar com pluralidade e verdade".
Lançado no quadro das comemorações do 45º aniversário da ANGOP, assinalados a 30 de Outubro, o portal oferece serviços diferenciados e uma maior interacção com os utilizadores da única agência noticiosa do país.
Entre os novos serviços da única agência noticiosa do país destaca-se a possibilidade de transmissão em directo de conteúdos multimedia, via Streaming.
Além dos conteúdos jornalísticos, o novo portal permite aos usuários um acompanhamento mais detalhado das informações do tempo e do câmbio da moeda.
Permite que o internauta siga, em tempo real, informações completas sobre os mercados financeiros mundiais, em particular do preço do barril de petróleo.
Segundo o ministro, com este passo a ANGOP abraçou o desafio da modernização e está a concretiza-lo.
Considera um sinal positivo, que demonstra o empenho do Conselho de Administração, comprometido com a mudança e melhoria das condições de trabalho.
Disse que a Covid-19 obriga a adoptar novos hábitos de trabalho e, por isso, a modernização da agência é fundamental, por ser um portal de pesquisa e de informação bastante procurado, merecendo esta atenção especial.
Manuel Homem anunciou, noutro domínio, que tudo está a ser feito para o país continuar a melhorar no domínio da prestação de serviços da comunicação social, desafio que passa também pela formação de quadros.
Neste particular, adiantou que há um programa de capacitação dos profissionais em curso nos órgãos de comunicação, principalmente no Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor).
"Queremos reforçar o compromisso de estar atentos à melhoria das condições trabalho e sociais dos quadros, dentro das nossas responsabilidades políticas", sublinhou Manuel Homem.
Por isso, disse que várias acções estão a ser orientadas às empresas do sector, visando atender a situação social dos trabalhadores, porque "sem recurso humanos valorizados não se irá atingir o compromisso de elevar a qualidade".
Relançamento da Agência
Por seu turno, o presidente do Conselho de Administração da ANGOP, Josué Isaías, disse que o lançamento do novo portal é o culminar da primeira fase do projecto de reorganização e reestruturação da área de produção da agência.
Lembrou que isto começou com a reinauguração das redacções nacional e internacional, depois de uma profunda reabilitação, mudança do Logotipo e a melhoria das condições de trabalho dos jornalistas.
Deste modo, de acordo com o gestor, estão criadas as bases para o relançamento da empresa, de modo a recuperar a sua capacidade de veicular a notícia em primeira mão e de disponibilizar, rapidamente, conteúdos que chegam aos seus clientes prontos para serem publicados.
“Temos consciência de que tal pretensão é um grande desafio, nas circunstâncias em que nos propusemos a abraça-lo, em que as condições financeiras e o estado de calamidade que o país vive e que se reflecte na sociedade, nas empresas, em particular, e no país, em geral, constitui-se na principal adversidade. Todavia, tudo é possível ao que crê", asseverou.
Anunciou que o passo a seguir será direccionado na formação massiva dos quadros, com vista a dotá-los de conhecimentos sólidos para utilizarem as ferramentas que serão postas à sua disposição.
A ANGOP foi criada em Julho de 1975, sob a designação de Agência Nacional Angola Press (ANAP). Nessa altura, os seus trabalhos eram distribuídos sob a forma de boletim.
Em Outubro do mesmo ano, a ANGOP adopta a sua actual e definitiva denominação, Agência Angola Press, sob proposta do então Presidente da República, António Agostinho Neto, e lança, no dia 30 daquele mês, o primeiro despacho com a nova sigla.
Três anos depois, a 2 de Fevereiro de 1978, a agência foi transformada em órgão estatal de comunicação social, com a publicação do decreto presidencial 11/78, de 2 de Fevereiro, no Diário da República.
A partir daí, estavam lançadas as bases para o seu crescimento e desenvolvimento, que viria a conhecer momentos áureos na década de 80. Nessa época, a ANGOP já contava com cerca de 300 trabalhadores, a maioria jornalista, com um labor ininterrupto, 24 horas ao dia, em todo o país (18 províncias) e no estrangeiro com cinco delegações (Portugal, Brasil, Reino Unido, Zimbabwe e Congo).
Em 2013, entrou com um quadro tecnológico e humano em constante transformação e actualização, em consonância com a modernidade dos meios de telecomunicações e de comunicação social, factores que concorrem para a concretização do seu grande desafio e sonho, o de se transformar numa grande empresa multimédia.
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