Ndalatando - O governo norueguês disponibilizou, este ano, perto de um milhão e quinhentos mil dólares americanos, para apoiar acções de desminagem em Angola.
A informação foi prestada esta terça-feira, na localidade do Lucala II, Cuanza Norte, pelo embaixador da Noruega no país, Bjornar Hotvedt, no final da visita de constatação aos projectos de desminagem na província, financiados pelo seu governo.
Segundo o diplomata, Angola enfrenta o desafio de alcançar a meta de estar livre de minas até 2025 e a Noruega sempre apoiou e vai continuar apoiar este propósito, através de financiamentos de programas de desminagem.
O reino da Noruega apoia acções de desminagem em Angola desde 1995.
Ressaltou que a desminagem constitui um factor importante para se relançar a actividade económica, principalmente a agricultura, no país.
Por seu turno, a directora-geral adjunta da Agência Nacional da Acção Contra a Minas (ANAM), Isabel Massela, que acompanhou a visita do embaixador, enalteceu o apoio da Noruega, no sentido de se acabar com as minas terrestres em Angola.
“Toda ajuda é sempre bem-vinda e o governo norueguês tem sido um dos parceiros importante na missão de se acabar com as minas no país”, sublinhou.
Referiu que a ANAM continua a fazer campanhas para mobilizar mais recursos, visando cumprir o desafio da desminagem em Angola.
De acordo com Isabel Massela, o país tem mil e 72 áreas registadas com minas, num total de 71 milhões, 660 mil metros quadrados.
Disse que há uma tendência desses números aumentarem devido a descoberta de campos minados até aqui desconhecidos.
Mais, acrescentou, o governo está a trabalhar afincadamente para que até 2025 o país seja declarado livre de minas.
O projecto de desminagem no Cuanza Norte, financiado pelo Reino da Noruega está a ser desenvolvido, desde Outubro de 2021, numa área de 650 mil metros quadrados, entre os municípios de Ambaca, Cazengo e Cambambe.
O mesmo está a ser executado pela organização não-governamental Ajuda Popular da Noruega (APN), em parceria com a embaixada daquele país em Angola. DS