Luanda – O prosseguimento das negociações entre o Governo, representado pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), e as centrais sindicais constituiu o destaque social da semana que hoje, sábado, termina.
Durante a negociação das exigências do caderno reinvindicativo, apresentado ao Executivo no ano passado, as partes manifestaram a disponibilidade em continuar a negociar, na busca de consensos.
O encontro, que contou com a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias, terminou sem consenso entre as partes.
Em declarações à imprensa, o director nacional do Trabalho, António Estote, referiu que em fórum das negociações, o ministério manifesta as portas abertas para continuar a negociar em sede dos vários grupos de trabalho e que vai trabalhar todos os dias para evitar a greve, o último rácio das negociações laborais.
Nesta senda, reiterou que vão prosseguir as negociações com as três centrais sindicais do país, designadamente a Força Sindical, UNTA-Confederação Sindical e a Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSSILA).
Na ocasião, o porta-voz dos sindicatos, Teixeira Cândido, disse que as centrais sindicais estarão disponíveis para voltar a sentar com o governo quantas vezes forem necessárias, de modo a encontrar soluções sobre as questões que consideram de estruturantes.
Ainda nesta semana, a ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, disse que o país precisa de mais de mil e 800 unidades sanitárias para uma maior e melhor prestação dos serviços de saúde à população.
Ao falar na 13ª edição do Café CIPRA, que abordou a “problemática do atendimento humanizado no sector da saúde”, a governante ressaltou que deste número, 90 por cento está relacionado com os cuidados primários de saúde.
Referiu que só na província de Luanda, o sector da saúde precisa de 660 unidades sanitárias, das quais três da dimensão dos hospitais de Cacuaco e Viana, que se encontram em fase de conclusão, e as restantes para o nível primário.
O anúncio da 13ª edição do Festival do Dia Internacional do Jazz 2024, a decorrer de 30 de Abril a 1 de Maio deste ano, em Luanda, com cerca de 700 participantes, constituiu outro destaque.
Segundo o porta-voz do evento, Neto Júnior, quando apresentava a agenda do evento que vai decorrer sob o lema “amanhecer no mundo: juntos pelo crescimento inclusivo, educando pela arte”, entre os convidados destacam-se entidades públicas e privadas ligadas à cultura e arte angolana e internacional.
O festival terá a participação de 34 artistas de renome internacional, provenientes dos Estados Unidos da América, França, Israel, Portugal, Itália, Brasil, Gâmbia e Rússia, que vão actuar com artistas angolanos.
A 13ª edição visa comemorar as festividades do estilo musical, que se assinala mundialmente no dia 30 de Abril, e promover a cultura de paz. É uma realização do Projecto ResiliArt Angola e resulta da parceria entre a UNESCO, a American Schools of Angola (ASA) e o Governo de Angola, por meio da Bienal de Luanda – Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz e Não-Violência.
Nesta semana, uma delegação angolana participou, na cidade de Brasília (Brasil), da reunião técnica do G20 sobre o clima que abordou, entre outros temas, a mobilização de recursos e as mudanças climáticas.
Na reunião que apreciou ainda os planos de transição dos países, suas externalidades associadas, percepção de riscos e fluxos financeiros, a delegação angolana foi orientada pela secretária de Estado para Acção Climática e Desenvolvimento Sustentável, Paula Francisco Coelho.
O plano de trabalho da força tarefa e o papel dos bancos de desenvolvimento foram também analisados no evento, que teve a duração de dois dias.
O G20 ou Grupo dos 20 é um fórum de cooperação económica internacional que surgiu em 1999 e reúne as principais economias desenvolvidas e subdesenvolvidas do mundo. O mesmo é formado por 19 países e pela União Europeia.
Na vertente cultural, a Banda Movimento foi homenageada, no palco do Centro Cultural e Recreativo Kilamba, em Luanda, no quadro do Programa Muzongué da Tradição.
O evento contou com a participação dos músicos Dom Caetano, Augusto Chakaya, Fiel Didi, Clara Monteiro, Yuri da Cunha, Robertinho, Moniz de Almeida, Suzanito, António Paulito e Augusto Varela.
Na primeira edição da temporada 2024, realizada a 11 de Fevereiro último, os grupos musicais “Os Kiezos” e “Os Jovens do Prenda” foram os homenageados do programa que acontece mensalmente.
Já o músico angolano Eddy Tussa lançou, na Praça da Independência, em Luanda, o seu CD “Príncipe do Semba”, que conta com a participação da artista Madrelena.
De acordo com Eddy Tussa, o "Príncipe do Semba” serve para mostrar o trabalho que tem desenvolvido ao longo dos anos e comporta 15 faixas musicais. OHA