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Chuva inunda Moçâmedes

     Sociedade              
  • Namibe • Terça, 03 Janeiro de 2023 | 16h33

Moçâmedes - Mais de cem residências e infra-estruturas sociais ficaram inundadas e destruídas, parcialmente, na cidade de Moçâmedes, capital provincial do Namibe, em consequência das fortes chuvas que caíram segunda-feira última (2) na região.

Dados provisórios dos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros sugerem que as chuvas terão inundado casas que carecem de intervenção urgente, devido ao seu estado avançado de degradação.

Estes dados foram revelados hoje durante a sessão extraordinária da Comissão Provincial de Protecção Civil, orientada pelo Governador do Namibe, Arder Mangueira.

A comissão recomendou à população a abandonar estas residências por forma a evitar-se danos maiores, como a perda de vida humanas.

Nesta sessão, os membros da referida comissão criaram medidas de implementação imediatas de médio e longo prazo, com vista ao reforço da capacidade de respostas às chuvas, como as inundações, gestão de resíduos sólidos, infra-estruturas sanitárias e edificações.

Para além das cem residências, as chuvas que se abateram num período de seis horas, provocaram igualmente a inundação dos edifícios da ANGOP, BPC, BFA, Capitania e o Comando dos Bombeiros.

Dentre as medidas aprovadas constam o bombeamento nas zonas do casco urbano onde existe rede de recolha de águas residuais e sucção nas áreas periurbanas sem rede de recolha de éguas residuais.

Consta ainda o reforço da capacidade instalada com o apoio de empresas locais com camiões cisternas, motobombas e motosserras, bem como a criação de um posto ad-hoc com a missão de coordenar as acções nos dias de enxurradas a funcionar nos Serviços de Protecção Civil e Bombeiros do Namibe.

Como soluções de médio prazo, a comissão sugeriu a abertura de linhas de encaminhamento das águas nos passeios dos novos arruamentos.

Nesse contexto, segundo o plano, vai se criar uma estrutura de recolha e drenagem das águas pluviais, através da estrutura de drenagem da estação elevatória de águas residuais da EPAS, para se intervir na avenida principal da cidade “Eduardo Mondlane”, a zona do complexo escolar Hélder Neto e a Delegação das Finanças.

A comissão defendeu a elaboração de um estudo para escoamento das águas pluviais superficiais das inundações periféricas visando o seu aproveitamento e a requalificação dos bairros dos Eucaliptos, Forte Santa Rita e Valódia, com mais de 20 mil habitantes.

No domínio da gestão dos resíduos sólidos, foram identificados algumas zonas consideradas criticas, como os bairros dos eucaliptos 5 de Abril, valódia, Forte Santa-Rita, Cambongue e Saco-mar.

Nas áreas, segundo as recomendações, as soluções devem ser imediatas, por forma a eliminar os focos de lixo  e o reforço, no casco urbano, da recolha porta-a-porta, com vista a evitar-se certas doenças como a malária, cólera, febre tifóide, doenças diarreicas agudas, sarna e outras.

Relativamente as infra-estruturas sanitárias, sobretudo os centro de Saúde do Boa Esperança e Hospital Provincial Materno Infantil que viram os tetos destruídos, a comissão aprovou a transferência dos pacientes para outras unidades hospitalares.

 





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