Ondjiva- A necessidade dos administradores prestarem maior atenção aos desafios do desenvolvimento económico e social, rumo ao progresso sustentável dos municípios, foi defendido, esta quinta-feira, pelo vice-governador para o sector Político, Económico e Social da província do Cunene, Apolo Ndinoulenga.
Ao intervir no acto de formalização da institucionalização das administrações de Cafima e Nehone, realçou que os titulares devem aproveitar os recursos e riquezas naturais existentes, assim como os quadros humanos para elevar o desenvolvimento que se pretende nessas circunscrições.
Esclareceu que o alcance do progresso dependerá dos quadros humanos, que deverão participar de forma unida e cooperar na solução dos principais problemas que afligem as comunidades.
Ressaltou que os municípios terão orçamentos próprios, daí que exigirá dos seus responsáveis maior perspicácia e consciência para definir prioridades na distribuição de projectos.
“Agora com uma administração mais próxima ao cidadão, é fundamental que os conselhos de auscultação das comunidades sejam funcionais, para que o administrador possa decidir através das prioridades”, ressaltou.
Apontou a aposta nos sectores da saúde, educação, agricultura, energia e água, assim como a atribuição de cidadania e bilhete de identidade, para permitir que o cidadão se sinta realmente angolano e tenha acesso às instituições.
Por seu turno, o administrador municipal da Cafima, Pedro Tibério, comprometeu-se em trabalhar em prol do desenvolvimento económico e produtivo, levando os serviços públicos mais próximos do cidadão.
O administrador elencou os sector de energia e água, agricultura, educação, saúde, infra-estruturas básicas, juventude e desportos, hotelaria e turismo, fomento da economia, preservação das raízes culturais.
Disse estar consciente dos desafios, daí que tem como marco a administração participativa na busca de soluções que melhoram a qualidade de vida dos cidadãos.
Já o administrador municipal do Nehone, Fernando Chiepo, ressaltou progresso, inclusão e aproximação dos serviços básicos aos cidadãos, dando maior relevância a inclusão produtiva para o crescimento sustentável das comunidades.
Considerou fundamental a descentralização administrativa para garantir políticas económicas mais eficazes e alinhadas às necessidades da população, cujo desafio será a implementação de uma administração eficiente, transparente e acessível para todos.
O combate aos efeitos da seca e fome, saúde, educação infra-estruturas, saneamento básico, crescimento económico, geração de emprego e valorização da cultura, constituem o eixo da sua missão.
Caracterização administrativa
Situado no extremo leste da província, com uma extensão de três mil, 81 quilómetros quadrados e 16 mil 823 habitantes, o município de Cafima tem seis povoações e 105 aldeias.
O município tem como limites fronteiriços a sul o Chiedi, este província do Cuando, norte Cubate e noroeste a comuna do Evale.
Cafima possui solos férteis para o cultivo de cereais, recursos naturais como ferro, rochas, sal-gema, madeira, cuja população tem como principais actividades económicas agricultura e criação de gado.
Já o Nehone tem uma extensão territorial de oito mil e 113 quilómetros quadrados. Situa-se no leste da província, limita-se a norte com Mupa, oeste Cuanhama e Cafima e sul Chiedi.
A Divisão Política Administrativa (DPA) compreende uma comuna, 20 povoações e 29 aldeias. Conta com 92 mil 395 habitantes, bem como fauna, flora e solos favoráveis à prática agropecuária.
No quadro da nova DPA foram já instituídos os municípios do Chiedi, Humbe, Naulila, Cafima e Nehone, faltando a Mupa, Chitado e Chissuata.
Com a Lei nº 14/24, de 5 de Setembro a luz da nova DPA, a província do Cunene conta actualmente com 14 municípios e 10 comunas. FI/LHE/SEC