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Município de Viana assinala hoje 56 anos de existência

     Sociedade              
  • Luanda • Segunda, 13 Dezembro de 2021 | 02h20
Administração Municipal de Viana
Administração Municipal de Viana
António Escrivão

Luanda - O município de Viana assinala nesta segunda-feira (13 de Dezembro) 56 anos de existência, desde que foi elevado a categoria de vila, numa altura em que estão a ser desenvolvidos 22 projectos no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).

Estão em execução, as obras de construção do centro de saúde de referência do distrito urbano da Baia, que depois de sete anos de paralisação retomaram o seu curso normal no último mês de Março.

Esta instituição sanitária prevê integrar as áreas de atendimento materno-infantil, clínica geral, obstetrícia, genecologia, nutrição, entre outros serviços.

Estão também em execução, as obras de uma escola, de sete salas de aulas, no Zango Zero (Vida Pacifica), e centros de saúde no bairro Pantanal, no distrito urbano do Kikuxi.

Ainda no âmbito do PIIM estão a ser erguidas nos distritos de Viana Sede e Vila Flor, duas escolas, de sete salas de aulas cada, enquanto no Zango IV, está a ser apetrechada uma escola de 12 salas de aulas.

O município de Viana controla três hospitais de referência, sete Centros médicos e 14 Postos de Saúde que são Hospital Mãe Jacinta Paulino, Municipal do Kapalanga e Municipal do Zango.

Os Centro de Saúde de Viana 1, Viana II, Calumbo, Km 12, 500 Casas, Caop A e Materno Infantil de Mulenvos, bem como os Postos de saúde Força de Vontade, Irmão Coragem, Kakila, Km 9, km 14 km 30, Regedoria, Caop C, Nguengue, Dimba, Zango IV, Zango II, Zango I e Delgado ‘’Buila’’.

A circunscrição conta com 146 escolas públicas distribuídas nos níveis primários (65 do ensino primário), 53 complexos. 16 Colégios (7ª, 8ª e 9ª classes), oito Liceus (Puníveis) e quatro institutos.

Ensino primário (iniciação de 1ª até 6ª classes) controla 436 professores, Colégios 694, Liceus (470), Complexos (com mais de um curso) Mil e 178, Politécnicos (205).

Iniciação (83 escolas), Primárias (134), Colégios (52), Complexos (23) e um Instituto.

O ensino privado controla 783 professores, dos quais 69 lecionam no único instituto. Conta também com 49 mil alunos em todos níveis.

As principais dificuldades do município de Viana estão ligadas ao mau tratamento que é dado as estradas, com destaque para a que liga a vila de Viana/Sede até a Comuna de Calumbo, com passagem obrigatória pelo distrito urbano do Zango que é utilizada por milhares de pessoas e viaturas oriundas de várias localidades da província de Luanda.

Apesar da importância que se reveste esta estrada, segundo responsáveis do município satélite, não consta na grelha dos projectos do PIIM, situação que desagrada os utilizadores que encontram imensas dificuldades na circulação rodoviária.

Outra via que carece de reabilitação para a normal circulação é o da famosa  rua da ‘’Suave’’, nas proximidades da Comarca de Viana, que apesar de constar na lista dos beneficiários dos dinheiros do PIIM não está a merecer a devida atenção.

As ravinas existentes na região tem sido outras preocupações das autoridades locais, do Governo da província e do Executivo que procuram impedir a progressão para se evitar o pior entre as comunidades.

Para se dar solução a este caso que continua a tirar sono aos munícipes, foi criada uma comissão constituída pelo Ministério das Obras Públicas, Gabinete Técnico do Governo da Província de Luanda (GPL) e da administração municipal de Viana.

Historia

Fundado em 13 de Dezembro de 1965, o município de Viana, situado a 18 quilómetros do centro da cidade de Luanda, é constituído por seis distritos urbanos designadamente, Baia, Estalagem, Kikuxi, Viana/Sede, Vila Flor, Zango e a Comuna de Calumbo.

É limitado a norte pelo município do Cacuaco, a leste pelo de Icolo e Bengo a sul pelo Quiçama e a oeste pelos municípios de Belas, Kilamba Kiaxi e Talatona. Dados de 2018, do Instituto Nacional de Estatística, apontam que Viana tem uma população de três milhões de habitantes e área territorial de mil 344 km², sendo o segundo município mais populoso do país, ficando atrás somente da capital angolana.

Face à sua proximidade com a cidade de Luanda, Viana foi escolhida para sediar a Reserva Industrial inserida na Zona Económica Especial Luanda-Bengo (ZEE-LB), onde há fortes incentivos fiscais para implantação de empreendimentos.

O nome do município de Viana nasceu de um simples lugar na década de 1920, onde foram assentes carris do caminho-de-ferro, na confluência do rumo para Calumbo, Bom Jesus do Cuanza e Catete, sentido de drenagem dos produtos que demandavam do Cuanza em direcção ao porto de embarque de Luanda.

Durante largos anos, apenas conhecido por "Quilómetro 21", o apeadeiro do Caminho de Ferro de Luanda, mais tarde viria a adoptar o nome de um velho agulheiro chamado António Viana que, naquele mesmo lugar, acabou seus dias numa modesta casa de madeira que, como estação, lhe serviu também de residência, entre cajueiros e matebeiros.

Assim o lugar passou a chamar-se Viana sem formalidades de qualquer ordem, mas apenas por desígnio dos caminhantes que, cruzando a região, de comboio ou de carro, acabaram por implantar o nome à integração administrativa.

Mais tarde, o diploma legislativo n.º 2.049 de 1948, classificou este lugar de povoação comercial, integrando-a no Posto Administrativo de Alcântara, do concelho de Luanda por portaria n.º 9.585 de 19 de Dezembro de 1956, assinada pelo então governador-geral Horácio José de Sá Viana Rebelo.

Já com uma população flutuante oriunda de Calumbo, do Bom Jesus, Catete e de Botomona, das margens do Cuanza e do Bengo, do Cacuaco e de Luanda, passou a sede do novo Posto Administrativo de Viana, integrado na área do antigo concelho de Luanda em dois departamentos.

Trata-se do concelho de Luanda que passara a abranger a área essencialmente urbana da cidade de Luanda e o outro, o da Circunscrição Administrativa de São Paulo, compreendendo as áreas dos postos da Sede, Barra do Cuanza, Belas, Boavista, Cacuaco e Viana.

Pelo diploma legislativo n.º 3.042, de 11 de Maio de 1960, foi criada a Circunscrição Administrativa de Viana, adjacente ao foral de Luanda, que só começou a funcionar em 28 de Outubro.

Por portaria n.º 14.061, de 13 de Dezembro de 1965, que altera a decisão administrativa da província, o posto administrativo de Cacuaco foi desanexado do concelho de Viana, passando a constituir um novo concelho, com sede na altura na povoação do Cacuaco.

Com a criação da Câmara Municipal, por portaria n.º 14.062 de 13 de Dezembro de 1965, a Comissão Municipal de Viana, e de outras congéneres, foi elevada à categoria de Câmara Municipal, cuja área, nos termos do artigo 1.º do diploma legislativo n.º 3590, de 11 de Dezembro de 1965, passou a coincidir com a área do concelho.

O mercado do kilometro 30, situado no distrito urbano da Baia, é uma das principais fontes de receitas para os cofres do Estado

Aquele estabelecimento é utilizado diariamente por comerciantes e clientes provenientes de vários pontos de Angola.   

Turismo e religião

Calumbo que dista cerca de 45 quilómetros do centro da cidade de Luanda, é parcela totalmente agrícola, piscatória e turística, com destaque para o Santuário de São José, que semanalmente recebe centenas de fieis católicos.

Os santuários da Muxima e Massangano são também referências da região do Baixo Cuanza, criadas em 1482 por Paulo Dias de Novais. O mercado de Calumbo bem como os restaurantes construídos a beira do rio Kwanzas ´´e outro local que atrai centenas de famílias para saborear o cacusso e o bagre, os peixes mais capturado nas lagoas do Rio Kwanza.

O peixe é fornecido por lagoas existentes no Baixo Cuanza, designadamente, Cagigima, Cardoso de Calumbo, Cabuco, Cambi, Caquila, Quissanga de Calumbo/Bengo, Lagoa do Quilonga Pequeno de Kikuxi, Mulogi, Cauigia, Cassaco do Nguengue, Quilonga do Calumbo e Muxita.

Imbondeiro do Banza Calumbo (Tribunal tradicional)

Existe há mais de 800 anos na aldeia de Banza Calumbo e é considerado de um tribunal tradicional, onde o Soba Muene tratava todos conflitos entre a população na zona.

 As festas tradicionais da aldeia do Banza Calumbo, que conta com uma população maioritariamente católica são comemoradas a 15 de Agosto, deixaram de ser realizadas desde o falecimento do Soba Muene Ngana.

 





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