Luanda - Dezenas de mulheres de vários países africanos marcharam, neste domingo, pelas ruas de Windhoek (Namíbia) em comemoração ao Dia da Mulher Africana.
O acto promovido pela PAWO-Organização Pan Africana das Mulheres, no âmbito dos 60 anos da organização, serviu, igualmente, para homenagear várias mulheres pelo esforço empreendido na emancipação da mulher no continente.
Angola esteve representada por uma delegação chefiada pela secretária Regional para a África Austral da Organização Pan-Africana das Mulheres, Luzia Inglês, que foi homenageada pelo seu trabalho na conquista do respeito, igualdade de género, paridade e empoderamento da mulher.
A Namíbia assume a Presidência da Organização.
O evento juntou altas figuras do governo namibiano e não só, com destaque para o Vice-Presidente da República, Nangolo Mbumba, a Primeira-ministra da Namíbia, Saara Amadhila, a Vice-primeira ministra e ministra das Relações Internacionais e Cooperação, Netumbo Nandi-Ndaitwah, a ministra da Governação Corporativa e Assuntos Tradicionais da África do Sul, Nkosazana Dlamini Zuma, a Embaixadora de Angola, Jovelina Imperial.
As mulheres africanas comprometem-se a promover o capital humano da mulher por meio do desenvolvimento sócio-económico acelerado, abordando o flagelo da violência e reforçando a segurança alimentar e boa nutrição no continente africano.
A PAWO ( Pan African Womens Organization) foi criada em 1962 para que as mulheres africanas partilhassem as suas experiências na luta pela igualdade de género e empoderamento da mulher nos órgãos de decisão ou na comunidade em que estiverem inseridas.
A Organização Pan-africana das Mulheres é a primeira e mais antiga organização colectiva das mulheres africanas virada para a erradicação da desigualdade de gênero, com a missão de assegurar que as preocupações das mulheres sejam totalmente integradas na agenda do continente.
A Assembleia da União Africana concedeu a PAWO, em 2017, em Addis Ababa (Etiópia), o estatuto de Agência Especializada, de modo a garantir que cada vez mais as mulheres permaneçam na agenda deste importante órgão continental.