Luanda – O Bureau Político do MPLA manifestou, nesta sexta-feira, profunda consternação pelo falecimento do escritor e nacionalista Henrique Lopes Guerra, ocorrido, no dia 9 deste mês, em Lisboa, por doença, aos 86 anos.
Na nota, este órgão partidário lembra que Henrique Guerra foi membro fundador da União dos Escritores Angolanos, e notabilizou-se na literatura, pela forma singular como vertia o pensamento e a criatividade por via de diferentes estilos, desde o conto, poema e ensaios, o que lhe proporcionou o reconhecimento nacional, como um dos mais versáteis escritores do seu tempo.
Frisa que o nacionalista integrou a geração cultura, reconhecida pelo seu transcendental valor político, social e cultural, e teve as suas impressões digitais no histórico Boletim MENSAGEM, da Casa dos Estudantes do Império.
Pela sua participação em acções políticas no período da Luta de Libertação Nacional, em defesa dos ideais do MPLA, Henrique Guerra foi preso, em Portugal, entre 1964 e 1973.
Formado em Engenharia, destacou-se, também, como académico, tendo leccionado na Faculdade de Engenharia da Universidade Agostinho Neto, considerado por muitos o mentor de várias gerações de engenheiros com obras feitas e de elevado reconhecimento na história de Angola.
No universo da literatura, o valor do malogrado, dentre outras qualidades, eternizou-se com a publicação das obras “A Cubata Solitária”, “Alguns poemas”, “Estrutura Económica e Classes Sociais”, “O Círculo do Giz de Bombó” e “Três histórias populares”.
Por isso, o Bureau Político do MPLA considera a morte de Henrique Guerra como a perda de um dos mais renomados mestres da escrita angolana, respeitável ícone da literatura angolana e conhecedor do verdadeiro sentido de patriotismo.
Pelo infortúnio, em nome dos seus militantes, amigos e simpatizantes, inclina-se perante a memória do falecido e endereça à família, sentidas condolências. ART