Ondjiva – Nove pessoas, entre crianças e adultos, morreram vítimas de raiva na província do Cunene, em 2021, quatro óbitos a menos que no ano anterior, informaram as autoridades.
A raiva é uma doença infecciosa, aguda e mortal transmitida através de mordedura de cães, gatos e macacos contaminados pelo vírus.
Em declarações hoje, segunda-feira, à ANGOP, a supervisora do Programa de Vigilância no Cunene, Aida de Deus, disse que as mortes resultaram de dez casos de mordeduras de cães, sendo seis no município de Namacunde e quatro no Cuanhama.
Aida de Deus salientou que, uma vez confirmado que a pessoa foi mordida por um cão com raiva, também é um óbito declarado, pois a doença ainda não tem cura.
Manifestou-se preocupada com as mortes pela enfermidade, cuja transmissão ocorre do animal infectado para o sadio, através do contacto da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas e arranhões.
Aconselhou os criadores de animais a vaciná-los contra, para estarem prevenidos contra a doença, bem como a população a estar atenta, visto que existem muitos cães vadios pelas ruas e que podem estar doentes.
Aida de Deus considerou a falta de vacina para humanos é problema de nível nacional, pelo que as pessoas mordidas por cães são orientadas a recorrer ao Hospital do Engela, na vizinha Namíbia, para tomarem a dose.
Já a supervisora do Programa Alargado de Vacinação (PAV) no Cunene, Serafina Ndapandula, explicou que a província encontra-se, desde Setembro de 2021, sem vacinas contra a raiva para atender as pessoas.
Em 2021 foi desencadeada uma campanha de vacinação anti-rábica, promovida pelo Serviço Veterinário do Cunene e abrangeu 15 mil e 30 animais de estimação, entre cães, gatos e macacos.