Luanda - A formação é um dos pilares para a melhoria da liberdade de imprensa e de todo o trabalho desenvolvido pelos meios de comunicação, declarou esta sexta-feira, em Luanda, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
O governante falava no fim de um encontro com estudantes dos cursos de Comunicação Social e de Língua e Literatura Portuguesa, da Universidade Agostinho Neto, organizado por ocasião do Dia da Liberdade de Imprensa (3 de Maio).
Destacou o investimento feito nos Centros de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) de Luanda e do Huambo, visando a melhoria da qualidade dos jornalistas e aspirantes à profissão.
A propósito da data que hoje se assinala, o ministro realçou a importância do papel da comunicação social como veículo de formação e de informação, servindo de esclarecedor de diversos aspectos na sociedade ao fazer com que cada indivíduo caminhe para uma direcção correcta.
Mário Oliveira também saudou a todos os profissionais da Comunicação Social e augurou que cada um aproveite o dia para fazer uma reflexão sobre o que tem sido a actividade em geral e do exercício da liberdade de imprensa de maneira particular.
No encontro marcado por um diálogo aberto com os estudantes, foram mencionadas políticas públicas do Executivo voltadas à promoção de um ambiente favorável ao bom exercício das múltiplas disciplinas da Comunicação Social.
Os estudantes apontaram as problemáticas da falta de estágios profissionais, a falta de mais especialidades no curso de comunicação social na universidade, a carência de livros nas bibliotecas das faculdades e outros.
Quanto à falta de estágios, o ministro salientou que a prática não começa nas empresas, as universidades têm também a obrigação de criar condições para que os estudantes possam desenvolver as suas aptidões.
Considerou que o estágio não começa no quinto ano, porque o que vulgarmente se chama de aulas práticas, é o estágio, embora muitas vezes, os estudantes não encaram como tal.
No item relacionado à falta de especialidade, referiu não conhecer o programa do curso de Comunicação Social da Universidade Agostinho Neto, acreditando que a direcção deve ter razões para a falta de especialidade, aconselhando os estudantes a não ficarem pelo estudo da universidade, podem agregar valor com formações no CEFOJOR.
Sobre às bibliotecas, esclareceu ser uma questão que as Associações junto da direcção das universidade tem que resolver. "Eu posso fazer aqui uma advocacia junto da minha colega a ministra do Ensino Superior Ciências e Tecnologia, mas em princípio um trabalho conjunto entre a Associação e as universidades deve ser feito para encontrarem melhores caminhos para as bibliotecas e seu apetrechamento", finalizou.
Angola subiu 21 lugares no ranking da liberdade de imprensa de 2024, elaborado pela Organização não Governamental Repórteres Sem Fronteiras (RSF).
A data foi criada, em 20 de Dezembro de 1993, com uma decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas, e celebra o Artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e marca o Dia da Declaração de Windhoek. CPM/PA