Luanda-A ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves, reafirmou, esta quinta-feira, a aposta do governo angolano na advocacia e sensibilização para o combate à violência doméstica e outras medidas a favor das mulheres vulneráveis.
Dados disponíveis dão conta que em 2021, os centros de aconselhamento familiar controlaram 4.283 casos de violência doméstica, 86 por cento dos quais cometidos contra mulheres, mil 604 casos de abandono familiar, 759 casos de violência psicológica e 282 casos de violência patrimonial.
A ministra, que falava no fórum sobre o impacto da mulher na economia e na sociedade angolana, referiu que a mulher tem um peso considerável enquanto força produtiva do país, correspondendo a 52 por cento.
Faustina Alves acrescentou que MASFAMU controla 225 cooperativas e acções em 13 províncias do país relacionadas com a agricultura, criação de animais, aquicultura, pescas, corte e costura, comércio, entre outras actividades.
Num universo de 10 mil 747 membros, dos quais 9 mil 618 são mulheres, que têm contribuído para dar resposta às medidas de alívio dos efeitos económicos e financeiros provocadas pela Covid-19, para reduzir o agravamento do quadro económico do país.
A formação das cooperativas tem permitido a organização e o acesso ao microcrédito.
Por sua vez, o embaixador dos EUA em Angola, Tulinabo Mushingi, disse ser notável o impacto das mulheres na economia e na sociedade em geral. “A inclusão das mulheres na sociedade em geral torna as economias mais fortes”, asseverou o diplomata.
Conforme Tulinabo Mushingi, a inclusão do género não significa que os homens estejam ausentes destes esforços. “Juntos devemos trabalhar para a inclusão da igualdade do género, um desafio de todos”, frisou.
O fórum serviu para se promover uma abordagem sobre o impacto da mulher angolana na economia e na sociedade, desafios do ponto de vista jurídico, sociólogo, psicólogo, visando mudança de paradigma.