Luanda - A ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, considerou, esta sexta-feira, em Luanda, a participação das mulheres nos processos de paz e tomada de decisão como um dos "imperativos" do progresso regional, continental e global.
Ao intervir no Fórum de Alto Nível das Mulheres da Região dos Grandes Lagos, a governante defendeu a construção de pontes de cooperação e superação, rumo a um futuro com as mulheres no centro dos esforços de construção da paz e segurança.
"Aprofundar e difundir o conhecimento sobre mulheres, paz e segurança constitui hoje um sinal claro da aposta na melhoria do índice de protecção e respeito pelos direitos humanos, liberdades fundamentais e no incremento da democracia nos Estados modernos", salientou.
Neste sentido, referiu que o evento constitui um ponto de encontro de mulheres líderes para o fortalecimento de laços de solidariedade e reflexão para a paz e segurança.
“A realização do fórum coloca em evidência, de forma inequívoca, o papel da cidadania africana em todas as fases do processo de construção da paz, contribuindo com recomendações para a integração real da dimensão das mulheres nas políticas regionais em matéria de defesa, segurança interna, reconciliação e cooperação.”, referiu.
Tais factos, de acordo com a ministra, contribuem quer para o alcance das aspirações da Agenda 2063 da União Africana (UA), quer para a materialização dos Objectivos Estratégicos da Resolução 1.325 da Organização das Nações Unidas (ONU), no que diz respeito à protecção das pessoas, integração do género, estabilidade e bem-estar colectivo.
Sob o lema “O reforço da participação e liderança das mulheres nos processos de paz e segurança na região dos Grandes Lagos”, o fórum reúne delegados de 12 Estados- membros da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), assim como representantes do Mecanismo Regional de Supervisão da Paz e Segurança e das comunidades da África Oriental e de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Com a duração de dois dias, o evento conta ainda com a participação de membros da Rede de Mulheres Líderes Africanas e do Conselho Consultivo da "Agenda Mulheres, Paz e Segurança", chefes de missões diplomáticas, entidades religiosas, académicos, entre outros.JAM/MCN