Ramiros – A ministra de Estado para a Área Social, Maria do Rosário Bragança, considerou quinta-feira, em Luanda, que os direitos humanos são uma questão de segurança nacional, razão pela qual foi incluído um assento permanente no Conselho de Segurança Nacional.
Ao intervir na 3ª edição da gala de outorga do Prémio Nacional dos Direitos Humanos, a governante referiu que periodicamente são apresentados relatórios sobre a situação dos direitos humanos, a sua implementação, avaliação dos resultados e das politicas traçadas pelo Executivo neste domínio, considerando essenciais para definir o grau de emancipação e desenvolvimento do país.
A 3ª edição do Prémio Nacional dos Direitos Humanos teve como grande vencedor o presidente da Associação dos Cegos e Amblíopes de Angola, Manuel Rodrigues Quental, na categoria de Personalidade do Ano.
Manuel Rodrigues Quental foi um dos primeiros estudantes com deficiência visual a licenciar-se em Direito no país e está a desenvolver um trabalho de tradução em linguagem gestual e áudio da Constituição da Republica de Angola, tendo recebido como prémio um milhão e 500 mil kwanzas..
Na categoria de Pesquisa em Direitos Humanos foi galardoado o docente universitário Flaviano Francisco, com um trabalho de pesquisa sobre o tráfico de seres humanos em Angola, realizado e desenvolvido em 2017.
A Associação Aldeia Nice, localizada na província do Bié, venceu na categoria de Acções Comunitárias e Humanitárias.
A organização dedica-se à prestação de assistência social e humanitária a pessoas portadoras de albinismo e acolhe crianças em situação de risco dos zero aos 17 anos.
Na categoria Cultura de Paz e Cidadania foi galardoada a Biblioteca Multicultura, localizada no bairro Mabor, município do Cazenga (Luanda).
A biblioteca foi criada em 2004 com o objectivo de emancipar o livro e a leitura nas comunidades, como forma de combater a criminalidade nas camadas jovens.
Os restantes vencedores foram agraciados com o prémio de um milhão de kwanzas cada.
O Prémio Nacional dos Direitos Humanos tem como objectivo reconhecer publicamente as entidades e personalidades que se tenham destacado na promoção, defesa e protecção dos direitos humanos em Angola.
A primeira edição foi realizada em Julho de 2022 e a segunda em Maio de 2023.AP/MCN