Luanda - O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (Maptss) conta com um projecto de Pré-Reforma, visando ajudar os funcionários da instituição a preparar o processo três anos antes da sua efectivação.
Reforma é a acção ou o efeito de se reformar e para recebe-la é necessário estar inscrito na Segurança Social, ter no mínimo 60 anos de idade ou 35 anos de serviço, 180 Meses (15 anos) de contribuição- seguidos ou interpolados.
O projecto apresentado hoje, sexta-feira, durante um seminário de "Sensibilização sobre a vida após a reforma", visa ajudar os funcionários a criarem projectos e planos financeiros para a etapa pós laboral.
Para o efeito, os Recursos Humanos do Ministério, fez um levantamento de todos os funcionários que entrarão para a fase da reforma em 2022 e todos que entrarão nos próximos 3 anos, que deverão ser contactados para juntos preparem os projectos.
A directora-adjunta do gabinete da ministra, Jéssica Perreira, explicou que o planeamento dos funcionários poderá ser individual ou colectivo, devendo conter informações do que deseja fazer na aposentadoria, a nível profissional, de lazer, incluído a localização, começando por ser aconselhado a poupar ou guardar no mínimo 10 por cento do seu rendimento.
“É importante que saibamos com quem contar, onde passar e como ocupar os tempos livres no futuro, caso contrário, chega a ser fatal", frisou.
O projecto, inicialmente concebido para o MAPTSS, poderá, nos próximos tempos ser extensivo aos demais sectores.
Para a ministra, Teresa Dias, a reforma não deve ser encarada como um acto punitivo, de exclusão ou de desemprego, mas como o começo de uma nova etapa. “Devemos encará-la como um privilégio, uma graça, pois nem todos os trabalhadores concluem o referido processo, por vários motivos”, aconselhou.
Daí a necessidade de prepará-los previamente ao regresso a casa, de formas a dedicarem-se a outras tarefas menos desgastantes, lembrando que a reforma abre portas para novas admissões, sobretudo para jovens com idade activa no trabalho.
Segundo a ministra, algumas pessoas resistem à mudança por vários motivos, uns por não atingirem os seus objectivos, outros por laços de afecto em consequência do tempo, lembrando que a reforma é legal e deve ser melhor aproveitada.