Ondjiva – Dois milhões 800 mil metros quadrados de superfície suspeitas de minas estão por limpar na província do Cunene, informou hoje, terça-feira, em Ondjiva, o coordenador da Agência Nacional da Acção contra Minas (ANAM) na região, Mário Satipamba.
Em declarações à ANGOP, Mário Satipamba disse que do levantamento feito identificou-se 35 zonas minadas, que correspondem à superfície por limpar, sobretudo nos municípios do Cuanhama, Cahama e Ombadja.
Porém, disse que as três brigadas de desminagem da província têm dificuldades materiais para intervir nestas zonas.
Afirmou que a maior preocupação prende-se com a comuna da Môngua, que foi durante muitos anos palco de confrontos militares, razão pela qual ainda ocorrem vários acidentes com minas e outros engenhos explosivos.
Lembrou que na Môngua existe um cordão de minas defensivo instalado pelas forças da Polícia de Guarda Fronteira (Ex-TGF), que na altura travaram combates com os sul-africanos, mas até ao momento não foi desactivado na totalidade.
Segundo Mário Satipamba, já foi apresentado um relatório ao governo da província, para disponibilizar uma verba que permita às brigadas de desminagem actuarem, visto que só realizam acções pontuais.
O responsável fez saber que 49 minas anti tanques, duas antipessoais e 617 engenhos e remanescentes de guerra foram removidos ao longo do primeiro trimestre deste ano, no Cunene.
Detalhou que, no período em referência, foram sensibilizadas duas mil 259 pessoas sobre prevenção de engenhos explosivos, destas mil 334 crianças, visando a redução de acidentes com minas.
Na província actuam três operadoras de desminagem, concretamente a Brigada das Forças Armadas Angolanas, Polícia de Guarda Fronteira e o Instituto Nacional de Desminagem (INAD). PEM/LHE/ART