Catete - Cento e cinquenta famílias afectadas pelas cheias provocadas pela abertura das comportas da barragem da Quiminha, no município de Caibiri, província do Icolo e Bengo, beneficiaram esta sexta-feira de cestas básicas, oferta da administração local.
Constam dos víveres de primeira necessidade, massa alimentar, fuba, óleo, leite, arroz, farinha de trigo, entre outros, assim como detergentes e roupas.
De acordo com o coordenador da comunidade da Quiminha sede, Luís Xavier, desde o mês de Maio de 2024 que os habitantes locais, essencialmente agricultores, têm as lavras inundadas, em virtude da abertura das comportas, danificando as suas culturas.
"Temos passado muita fome. As nossas lavras estão inundadas e a plantação, como o milho, feijão, batata, cebola, tomate, couve, mandioqueiras, entre outras, em fase de crescimento, estragaram-se, pelo que agradecemos o gesto da administração municipal de Cabiri e apelamos por mais apoios", clamou.
Para sobreviver, disse, muitos agricultores, membros de uma cooperativa denominada "Tuamateca", com 120 associados, são obrigados a realizar trabalhos precários em fazendas circunvizinhas, cujos rendimentos são insuficientes para assistir a família.
Segundo o munícipe, a população optou em cultivar em montanhas, dependendo apenas das chuvas, mas a grande preocupação, prende-se com a presença constante de elefantes que devastam os campos.
Em declarações à ANGOP, o director municipal da Acção Social, Moreno Kinquela, revelou que outras doações serão feitas, nos proximos dias, a outras localidades, cuja população encontra-se igualmente em condições deploráveis, em consequência das inundações.
Por sua vez, a administradora municipal do Cabiri, Isabel Kudiqueba dos Santos, referiu que esta acção será contínua e extensiva a outras comunidades em situação igual.
Informou que estão cerca 1500 famílias em condições preocupantes nas comunidades da Lalama, 300 em Cabiri sede e 150 na Quiminha, todas cadastradas no âmbito do programa de combate à fome e a pobreza. AJQ