Saurimo – O Instituto de Desenvolvimento Florestal (IDF) na Lunda Sul tem dificuldades em fiscalizar as zonas de caça furtiva, por falta de fiscais e meios, revelou, neste domingo, em Saurimo, o seu responsável, Gonçalves Kausse.
Em declarações à ANGOP, o responsável informou que a instituição conta apenas com um fiscal e sem meios de transporte para trabalhos de campo.
Avançou que a instituição recebe várias denúncias, mas a falta de recursos humanos e materiail limita a sua acção.
“Estamos sem capacidade para fiscalizar as áreas de caça furtiva. Os animais estão a ser abatidos com maior frequência e não temos meios logísticos e humanos para combater a acção ilegal”, sublinhou Gonçalves Kausse.
Para minimizar e/ou desencorajar tal prática, disse que a instituição, em colaboração com os órgãos de justiça, tem responsabilizado civil e criminalmente os cidadãos que compram carne de animais abatidos indiscriminadamente para revenda.
Conforme o responsável, em finais de 2020, uma cidadã foi julgada sumariamente por ter adquirido, no mercado do Candembe, um animal abatido ilegalmente.
Actualmente, avançou, enquanto se aguarda pelo reforço de fiscais, a instituição está a promover campanhas de sensibilização nos mercados e nas comunidades, com vista a desencorajar a caça furtiva.
Gonçalves Kausse denunciou que os caçadores furtivos são protegidos pelas autoridades tradicionais, em troca de favores, condicionando a acção do IDF, pelo que apelou a mudança de comportamento e a ajudarem o Estado.