Luanda – A cidade de Luanda conheceu, nos últimos 12 meses, melhorias significativas na gestão das infra-estruturas sociais básicas, com a conclusão de várias obras, ao abrigo do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM).
Por: António Kilamba
Apesar dos dias difíceis, marcados pela crise económica e pelo surgimento da pandemia da Covid-19, as autoridades locais têm trabalhado na recuperação de estradas, entre principais, secundárias e terciárias, bem como de escolas e hospitais.
Luanda, que celebra, nesta segunda-feira, 445 anos, desde a sua fundação, dispõe de 20 mil milhões de Kwanzas para 185 projectos, no âmbito do PIIM.
Deste valor, de acordo com dados a que a ANGOP teve acesso, já foram gastos sete mil milhões de Kwanzas e concluído um total de 104 projectos.
As obras agregadas ao PIIM têm como objectivo a construção de raiz e a reabilitação de centros e postos de saúde, hospitais, escolas, esquadras de polícia e estradas, nos nove municípios de Luanda.
Nos últimos 12 meses, o município de Cacuaco deu corpo a oito projectos, centrados na construção de um centro materno-infantil na Vila Sede e outro na Funda, Posto Médico do Belo Monte, bem como no Sistema de Água do Bairro Mulevo de Baixo.
De igual modo, foram intervencionadas duas escolas, situadas no Belo Monte e na Kilunda, ambas com 12 salas, além da abertura da Cozinha Comunitária do Bairro Augusto Ngangula e uma moagem na Praça da Retranca (Kicolo).
Com as verbas do PIIM, as autoridades locais puderam, igualmente, assegurar a construção de um atelier na Comuna da Funda, uma lavandaria comunitária no Cowboy Norte (Funda) e de um centro de acção social Integrado no Bairro da Pedreira.
Ainda em Cacuaco tiveram início os trabalhos de asfaltagem e betonagem da via Wadadame ao Centro de Saúde do Kicolo, do troço Cowboy até ao Mayé-Mayé e a do Mercado do Kicolo até à zona do Puniv.
No município de Belas, com 20 projectos, estão contempladas as obras de construção de uma escola de 12 salas, no Bairro Bita, de uma loja de registo, no Cabolombo, uma esquadra policial, posto de saúde e cozinha comunitária do Bairro Tanque Seco.
A construção de um centro de saúde, no Bairro Bandeira, um Campo Polivalente, nos Ramiros, e a recuperação da Bacia de Retenção do Kilamba e da Estação de Tratamento de Águas dos Ramiros também constam dos projectos de Belas.
No Kilamba Kiaxi, que tem 12 projectos, foi feito o lançamento da primeira pedra para a construção de uma escola de 12 salas, no distrito urbano da Sapú, e revitalizados os abrigos das paragens de transportes públicos. Igualmente, está em execução o projecto "Minha Rua Iiluminada".
Já o município do Cazenga (dos mais populosos de Luanda), com 21 projectos adjudicados, teve como principal destaque a abertura do Viaduto do Cazenga, na Rua dos Comandos, entre o distrito urbano do Rangel e o Tala-Hady.
Enquanto isso, no município de Viana, assinala-se a conclusão do Projecto de Travessia das duas Condutas de Água na Avenida Fidel de Castro e o início da construção de um hospital, no bairro Pantanal. Ao todo, estão em execução 22 projectos.
No município de Luanda, com 17 projectos, estão em reabilitação as ruas Comandante Bula, Lobito, Benguela, do Centro Cultural Agostinho Neto e a 12 de Julho, está última localizada no distrito urbano do Sambizanga .
Em Icolo e Bengo estão em execução 11 obras, sendo cinco escolas do tipo T7, cinco T12 e um centro de saúde de referência, no distrito da Belavista e em Catete.
Por sua vez, o município de Talatona, com 12 projectos, vai contar com três novas escolas do I e II ciclos, no distrito da Camama, e um hospital, no bairro da Honga.
O município da Quiçama, com 11 projectos do PIIM, tem em execução as obras de escolas T12 e T18, posto policial e uma biblioteca.
O PIIM tem-se revelado, efectivamente, um importante instrumento de desenvolvimento para a capital do país, disponibilizando aos munícipes mais serviços integrados, numa altura em que a cidade ainda se confronta com problemas essenciais básicos.
Apesar dos seus 445 anos de história, Luanda é ainda uma cidade com múltiplos problemas, desde a falta de água canalizada e deficiente fornecimento de energia eléctrica, principalmente na periferia, onde reside mais de 70 por cento da população.
A província tem problemas de fundo ao nível do saneamento básico, incluindo nas novas cidades (centralidades), milhares de quilómetros de estrada por recuperar, principalmente as estradas secundárias e terciárias, e um reduzido número de hospitais.
A nível do sector da educação, também há défices gritantes na capital do país, que precisam de ser minimizados, paulatinamente, daí que o PIIM se revela como um projecto alternativo importante para fazer baixar esse “mar de dificuldades”.
Entretanto, não basta que as verbas estejam aprovadas e aloucadas, mas é preciso, essencialmente, que as autoridades sejam mais rigorosas na aplicação do dinheiro nos projectos para que foi orçamentado.