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Longonjo clama pela reabilitação das vias de acesso

     Sociedade              
  • Huambo • Sexta, 14 Março de 2025 | 18h41
Administradora do município do Longonjo, Wilni Ekuikui
Administradora do município do Longonjo, Wilni Ekuikui
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Longonjo  – Com um “chão” que produz quase tudo, desde hortícolas, tubérculos, cereais e grãos, o município do Longonjo, província do Huambo, clama pela reabilitação urgente das vias de acesso, para atrair o investimento privado.

A informação foi prestada hoje à imprensa, pela administradora local, Wilni Ekuikui, ao referir que as estradas constituem as principais preocupações, pois permitem o crescimento da localidade em todas as vertentes, sobretudo, a potencialização do sector turístico e a facilitação do escoamento da produção agrícola.

Daí, destacou como perspectiva, o sector das infra-estruturas, a recuperação e melhoria da imagem urbana da vila municipal, sem descurar para o sector social.

Disse que a localidade, com um forte potencial agro-pecuário, precisa de investimento privado, para promover o crescimento social e económico.

Explicou que não existe um número significativo de empresas, tanto pequenas, como médias, fundamentais para o crescimento e o desenvolvimento social e económico necessário do município do Longonjo, nos corredores Oeste da província do Huambo.

“O sector empresarial ainda é tímido e aproveitamos os vossos microfones para convidar o sector privado que venham investir no município do Longonjo, porque precisamos um pouco de tudo (…)”, sinalizou.

A título de exemplo, citou que tinham em pleno funcionamento a fábrica de água do Lepi, cujo trabalhos, nos dias de hoje, já não tem a mesma dinâmica como no passado, estando, nesta altura, a ter algum interesse no sector mineiro, mas, que, precisa da devida legalização e autorização, para que seja feita a prospecção.

No Longonjo, informou, contam apenas com a empresa Hipermáquinas, que está a explorar o granito cinzento, com muita qualidade, felizmente já encontrado em vários mercados do país, apesar de o município precisar de mais investimentos na área.

Agricultura

No domínio da agricultura, Wilni Ekuikui disse que a localidade trabalha com os segmentos familiar e as cooperativas e associações, incorporados no programa de combate à pobreza, que visa a entrega de inputs para a melhoria da produção, o que está a permitir a extensão das suas terras cultiváveis.

 

O município agro-pecuário, de acordo com responsável, possui um “chão” que produz um pouco de tudo, o que permite com que a população, com o fornecimento dos adubos subvencionados pelo Ministério da Agricultura e Florestas, obtenha a maioria da colheita da produção.

Salientou que os trabalhos com as famílias têm sido a sensibilização para que a agricultura seja, também, voltada para o mercado, sem descurar o consumo, para a melhoria dos seus rendimentos.

Segundo os dados do sector agrícola, o município do Longonjo produz milho, feijão, batata-rena, soja, repolho, cenoura, tomate, cebola, alho e jindungo, realizados em terras do alto, encostas e ao redor das residências, durante na época chuvosa, enquanto no período de cacimbo pratica-se nas terras baixas ou nacas.

Com um total de 32 cooperativas agrícolas, 16 fazendas e quatro associações, numa área cultiva de 34 mil 110 hectares, prevêem uma colheita de 27 mil toneladas de cereais, 15 mil 240 de hortícolas, 14 mil 400 de raízes e tubérculos, cinco mil 760 de leguminosas e oleaginosas, quatro mil 230 de fruteiras, entre outras culturas.

Energia e água

Em relação ao sector da energia, informou que o município possui uma central híbrida de cinco megawatts, estando, neste momento, com um consumo abaixo de 1.2, devido a não conclusão do projecto da expansão da rede, pois prevê a colocação de sete postos de transformação, porém estão montados apenas quatro.

Na localidade, que possui duas mil famílias beneficiárias de energia eléctrica 24/24 por dia, fez saber que estão previstos trabalhos para a conclusão da montagem dos equipamentos e a expansão da rede, para beneficiar mais ligações domiciliares nos bairros e o surgimento de indústrias na localidade.

Apesar disso, falou da construção, nos próximos tempos, da central eléctrica do município do Ucuma, que vai atender, também, o Longonjo e o Chinjenje.

Perspectivou que será, ainda, minimizada a falta da água potável na localidade, isto porque ainda não possui uma estação de tratamento para o efeito, numa altura em que a população tem-se socorrido em manivelas e furos equipados com painéis solares, que já não correspondem ao crescimento da vila.

Educação

No presente ano lectivo foram matriculados 20 mil 949 alunos, que estudam em 29 escolas, ensinados por 818 professores.

Wilni Ekuikui disse ser uma área que há muito trabalho a ser feito, pois, a título de exemplo, para o ensino médio, existe apenas um instituto politécnico e um liceu, que tem acolhido, maioritariamente, os alunos nesta classe.

Referiu que o município tem algumas insuficiências de escolas, sobretudo, do ensino primário, com mil 717 crianças fora do subsistema normal de ensino/aprendizagem, para além da carência de professores.

Para tal, continuou, estão a ser realizados mais investimentos na educação, como o aumento de salas de aula, em parceria com as igrejas, assim como a conclusão dos laboratórios e acréscimo de cursos para o instituto politécnico.

Fez saber que três mil 687 alunos de cinco escolas primárias beneficiam da merenda escolar.

Saúde

O sector controla 237 profissionais, dos quais 13 médicos, 36 superiores de enfermagem e outros técnicos médios, que trabalham em 11 unidades sanitárias, sendo um hospital municipal, igual número de centro materno-infantil, dois centros e em sete postos de saúde.

Com um défice de 150 técnicos, para responder à demanda, as principais doenças são a malária, respiratórias agudas, hipertensão e a diarreia.

Recordou que, entre Janeiro e Fevereiro, foram registados sete mil casos positivos  de malária e três óbitos.

A gestora municipal lamentou os elevados casos da malária, sobretudo, nesta época chuvosa, daí os trabalhos de sensibilização com a equipa de saúde pública e as igrejas, para a mitigação da doença, bem como a colocação dos fármacos necessários no hospital.

Disse que a localidade não registou qualquer caso de cólera, numa altura que continuam a trabalhar na sensibilização dos munícipes, para além de estar montado um centro de tratamento, com sete camas, num espaço adjacente ao Hospital Municipal, para, em caso de tratamento, sejam cuidados com todas as orientações.

PIIM e combate à pobreza

Sobre o Plano Integra de Intervenção nos municípios (PIIM) informou, sem precisar os custos financeiros, que 90 por cento das obras estão concluídas.

Adiantou que foram inscritos 27 projectos, dos quais 15 empreitadas e 12 aquisições, a maioria ao serviço da população.

Relativamente ao programa de combate à pobreza, Wilni Ekuikui disse estarem a ser concluídas as acções de 2024, estando já elaborado o plano para o corrente ano, que vão estar focado em nove eixos, ligados à saúde, educação, agricultura, empoderamento da mulher, empreendedorismo, construção de pontes, entre outros.

O município, cuja vila está localizada a 64 quilómetros da cidade do Huambo, tem uma população maioritariamente agrícola, estimada em 72 mil habitantes, residentes na vila municipal e na comuna do Lepi. ZZN/JSV/ALH





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