Ondjiva - Líderes de diferentes confissões religiosas defenderam este sábado, na cidade de Ondjiva, província do Cunene, a necessidade dos angolanos primarem pela união, visando a promoção da paz e o desenvolvimento do país.
Em declarações à ANGOP, a margem do culto de acção de graças dos 22 anos de paz em Angola, o representante do Conselho de Igrejas Cristãs no Cunene, reverendo João Gimbi, disse que para a manutenção da paz, os angolanos devem viver em comunhão, pautar pelo espírito de irmandade, harmonia e cooperação.
De acordo com o reverendo, para além da ausência de armas, a paz implica também o bem-estar físico, emocional e espiritual.
Realçou que o CICA no Cunene programou o culto ecuménico para celebrar os vários benefícios que a paz trouxe, entre os quais o desenvolvimento social e económico.
“Se hoje conseguimos pregar a palavra até as áreas recônditas, deve-se ao clima de paz”, sustentou.
Já o superintendente do Distrito do Cunene da Igreja Metodista Unida, José Quarenta, falou do patriotismo e da preservação dos hábitos e costumes.
Segundo o religioso, o clima de paz contribuiu para a reconciliação e fortalecimento das comunidades.
Já o reverendo da Igreja Tocoista, António Damião, disse que é preciso que a sociedade viva a verdadeira paz, primando pela concórdia e pelo espírito de união, valores que devem ser fomentados permanentemente, incluindo no interior das famílias.
O culto realizado nas instalações da Igreja Tocoísta, foi promovido pelo Conselho Nacional das Igrejas Cristãs em Angola (CICA). Decorreu sob o lema “Cunene-coragem, determinação e fé”.
Angola assinalou na quinta-feira, 4 de Abril, 22 anos desde a assinatura do memorando de paz e reconciliação, rubricado entre o Governo angolano e a UNITA, que permitiu o calar das armas no país. FI/LHE/OHA