Benguela - A Secretária-geral da União dos Sindicatos de Benguela, Helena França, defendeu hoje, sexta-feira, o aumento do salário mínimo nacional para o equivalente a Usd 300 e a redução do Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT), face à situação socioeconómica que o país vive.
Segundo a sindicalista, que falava à ANGOP, à margem da III reunião ordinária do Conselho Provincial da União dos Sindicatos de Benguela, é necessário que o Governo adopte medidas que minimizem o impacto da inflação e aumentem o poder de compra dos trabalhadores.
Helena França referiu que os sindicatos têm estado a discutir com o Governo sobre os efeitos da inflação e formas de ajudar os trabalhadores a sair da situação de precariedade em que se encontram.
“A subida vertiginosa dos produtos da cesta básica está a deixar os trabalhadores e suas famílias numa situação de precariedade e não deixa de ser uma grande preocupação para o sindicato, enquanto porta-vozes dessa classe junto à entidade patronal e ao Governo”, disse.
Segundo uma análise mensal sobre o índice de preços ao consumidor, a USB entende haver um grande desfasamento entre os salários praticados e o actual custo da cesta básica, disse.
Na mesma senda, a USB considera que a nível rural a cesta básica ronda os 70 mil kwanzas e no meio urbano cerca de 200 mil, valores que ficam aquém do salário médio da maioria dos trabalhadores.
Sobre algumas medidas tomadas pelo Governo angolano, como a retirada da subvenção ao preço dos combustíveis, tendo incidido nesta primeira fase sobre o preço da gasolina, que saiu de Kz 160 para 300 o litro, Helena França admite serem necessárias, mas considera que devem ser implementadas gradualmente para se evitar o aumento vertiginoso do custo de vida.
O conselho provincial tem como objectivo balancear as actividades desenvolvidas pela União dos Sindicatos de Benguela em 2022, planos de contas e perspectivar as actividades do exercício 2023/2024.
Catorze sindicatos, com cerca de 80 mil filiados, integram a USB. CRB