Luanda – Um projecto de educação financeira e gestão de negócios para mulheres zungueiras, denominado "Kixikila Mamã Zungueira”, foi lançado, esta quarta-feira, em Luanda, pela Associação Solidária de Ajuda para Angola (ASAJA).
O projecto, de âmbito nacional, visa a atribuição de valores monetários, distribuição de kits de bens alimentares, realização de acções de educação financeira e gestão de pequenos negócios e é uma parceria com a Organização da Mulher Angolana (OMA).
Em declaração à ANGOP, após o lançamento do referido projecto no encerramento do Iº- Fórum da Mulher Zungueira, o presidente da associação, Elias Pedro referiu que o objectivo é facilitar a identificação de novas oportunidades que promovam o crescimento económico.
"O dinheiro entregue no âmbito do programa Kixikila não será devolvido, o mesmo vai servir para reforçar os kits que serão distribuídos", sublinhou.
O presidente da ASAJA explicou que os kits distribuídos às mulheres zungueiras são constituídos por produtos que vendem e que para se ter acesso devem preencher um folheto com os dados pessoais e tipo de produto que zunga (venda).
Para a vendedora, Rosa Sumbo, que começou a vender chocolate na praça Das Corridas, no mercado do São Paulo, foi com a zunga que conseguiu sustentar e formar os seus filhos, quanto a iniciativa promovido pela OMA e a ASAJA, considerou ser um caminho bom para trilhar.
Por sua vez, Fernanda Domingos, com mais de 40 anos, referiu que ser uma mãe zungueira é ser uma mulher especial, que não deve ser discriminada e aconselhou a todas, a formalizarem os negócios, para obterem junto dos bancos créditos que facilita expandir os negocio.
Durante o fórum, promovido pelo Secretariado Executivo Nacional da OMA, em parceria com a ASAJA, foram entregues mais de 500 kits, com bens da cesta básica, para as zungueiras que participaram do encontro.
Os participantes do Iº- Fórum da Mulher Zungueira, que teve a duração de dois dias, concluíram, entre outros, abrir maior espaço para uma parceria entre a OMA e a ASAJA para discussão e elaboração de projectos sociais viáveis e a identificação de problemas que afectam esta franja da sociedade.
O encontro recomendou ainda a sensibilização das mulheres que se dedicam à venda ambulante para adesão ao programa de reconversão da economia informal e a advocacia para a obtenção de microcréditos.