Lubango – Oitenta e quatro mil famílias em situação de vulnerabilidade serão abrangidas, pelo Programa de Fortalecimento do Sistema Nacional de Protecção Social "Kwenda", em quatro municípios da província da Huíla, até 2022.
Na Cacula, município que acolheu a experiência-piloto, em Fevereiro de 2020, a previsão era cadastrar 25 mil 303 famílias, mas registou 30 mil 668, enquanto em Quilengues, desde Setembro do ano passado, já foram cadastradas 20 mil 464, quando a meta era atingir 22 mil 255 famílias.
Na Humpata, por seu lado, serão cadastradas 23 mil 224 agregados familiares, ao passo que nos Gambos estão afectados dez mil, mas a tendência é crescer para perto de 40 mil, devido a quantidade de pessoas atingidas pela seca.
A informação foi avançada este sábado, na Cacula, pela directora-geral adjunta para área Técnica do Fundo de Apoio Social (FAS), Teresa Quivienguele, num Workshop metodológico sobre a municipalização da acção social no município, dirigido aos intervenientes do Kwenda.
Considerou que o programa não pode resolver sozinho os problemas de fome e da pobreza no país, daí que outras iniciativas, que estão em curso, são importantes, para estabelecer a integração das políticas públicas e resolver as facetas da vulnerabilidade.
Fez saber que há programas, levados a cabo pelo FAS, complementares às acções do Kwenda, como os 103 projectos de construção e reabilitação de infra-estruturas sociais no país, como escolas, postos e centros de saúde.
Apontou também a construção de 70 furos de água, para acudir a situação da seca na região sul de Angola, chimpacas, canal de irrigação e reservatórios, assim como o programa nacional de Estágios Comunitários, entre outros.
O Kwenda tem quatro componentes, nomeadamente as transferências sociais monetárias, a inclusão produtiva, a municipalização da acção social e a criação do cadastro social único.