Cuito - Sessenta e três mil e 50 famílias dos municípios do Cuemba, Camacupa e Nhârea, província do Bié, começam a ser cadastradas, a partir de Fevereiro próximo, para beneficiarem do Programa de Fortalecimento da Protecção Social "Kwenda".
A informação foi avançada, na cidade do Cuito, pelo responsável do Fundo de Apoio Social (FAS) no Bié, Rizoni Costa Chivembe Nascimento, tendo sublinhado que o início do cadastramento estava programado para Novembro de 2021, mas, por razões ligadas à Covid-19, foi adiado para o próximo mês.
A ideia do Executivo, adiantou, é alargar, o mais rápido possível, o processo na província do Bié, para abranger um maior número de famílias vulneráveis, com vista a combater a fome e a pobreza no seio das comunidades.
Salientou que 51 mil 183 famílias, de 433 aldeias das comunas de Cassumbi, Chivaulo, Calussinga e da sede do município do Andulo, em situação de vulnerabilidade, já estão cadastradas, tendo beneficiado 42 mil 981 agregados familiares.
Cada família recebe 25 mil e 500 Kwanzas trimestralmente.
Afirmou estar a decorrer, sem problemas, a componente da inclusão produtiva do Programa de Fortalecimento da Protecção Social, que abrange quatro mil 320 famílias, desde Agosto do ano passado, no Andulo.
A inclusão produtiva é uma das quatro componentes do Kwenda, designadamente Transferências Sociais Monetárias, Inclusão Produtiva, Municipalização da Acção Social e Reforço do Cadastro Social Único, que visa apoiar as iniciativas económicas das famílias em diferentes linhas de trabalho.
A ajuda contempla a agricultura e pecuária, pesca, artesanato, turismo rural, ambiental e cultural, transformação de produtos agro-pecuários, fundos e caixas comunitárias e energias renováveis.
A inclusão produtiva permite ainda reunir os cidadãos vulneráveis numa plataforma, onde o Estado pode ter como base a concepção e implementação das políticas públicas.
O Kwenda é um programa do Executivo Angolano, que visa criar políticas de apoio às famílias mais vulneráveis e prevê assistir um milhão e 600 famílias em todo o país, tendo já beneficiado famílias das províncias do Zaire, Huíla, Cunene, Malanje, Cuando Cubango, Cuanza Norte e Bengo.
Está avaliado em 420 milhões de dólares e é financiado pelo Banco Mundial, com 320 milhões, sendo os restantes 100 milhões suportados pelo Tesouro Nacional.