Camacupa - Cento e vinte pessoas com albinismo cadastradas no município de Camacupa, província do Bié, começaram, esta sexta-feira, a ser assistidos, no âmbito do Programa de Fortalecimento e Protecção Social (kwenda), soube a ANGOP.
A informação foi divulgada pelo director do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS) no Bié, Rizoni Costa Chivembe, ao referir tratar-se de um processo abrangente para esta franja da sociedade, com os quais se prevê gastar 15 milhões 840 mil Kwanzas.
O albinismo é determinado de forma genética e hereditária, com ausência ou diminuição importante na produção de melanina – pigmento que define a cor da pele, dos olhos e do cabelo.
Lembrou que 41 mil 666 famílias vulneráveis, também, do município de Camacupa, já beneficiaram da primeira fase do pagamento da componente de transferência social monetária do programa Kwenda, no valor de dois mil milhões 825 milhões 790 mil Kwanzas.
Cada agregado familiar recebeu 66 mil Kwanzas, correspondente a um semestre, a razão de 11 mil Kwanzas/mês e as famílias, sendo estes benefícios decorrerão durante 24 meses.
Operacionalizado pelo FAS, o Kwenda é um programa do Executivo angolano que visa criar políticas de apoio às famílias em situação de vulnerabilidade.
O programa contempla três componentes, nomeadamente inclusão produtiva, municipalização da acção social e reforço do cadastramento social único.
Salienta-se que o Kwenda iniciou em Maio do corrente ano, com os pagamentos da 4ª e 5ª fases no município do Andulo, com a previsão de abranger 46 mil 954 famílias, distribuídas em 426 aldeias.
No Andulo, localidade que acolheu o lançamento do programa a nível da província do Bié, a 29 de Abril de 2021, estão cadastrados até, ao momento, 51 mil 800 agregados, na sede municipal e nas comunas de Cassumbi, Chivaúlo e Calussinga.
Das 46 mil 954 famílias beneficiárias, duas mil 393 vivem na sede do município do Andulo.
Em toda a província do Bié, estão cadastradas mais de 195 mil famílias, onde mais de 171 agregados já beneficiam do dinheiro nos municípios do Andulo, Camacupa, Cuemba, Chitembo e Nhãrea.
Por pagar, falta o município do Cunhinga, que já cadastrou mais de 23 mil famílias.
Inicialmente o valor fixou-se em oito mil e 500 Kwanzas/mês, sendo em 2022 o valor subiu para 11 mil, em que cada agregado está a receber 33 mil trimestralmente.
Quanto ao sub-projecto de inclusão produtiva, também inserido no KWENDA, já apoiou 103 cooperativas do município do Andulo, em fertilizantes (adubos e amónio) e sementes melhoradas de tomate, cebola e repolho.
A acção visa incentivar o fomento da produção agrícola nas comunidades, consubstanciadas no fomento de bancos de sementes, distribuição de gado caprino e suíno, bem como na criação de caixas comunitárias, onde dez grupos receberam dinheiro para créditos.
O Kwenda prevê assistir um milhão 600 famílias a nível do país, tendo já abrangendo famílias das províncias do Zaire, Huíla, Cunene, Malanje, Cuando Cubango, Cuanza Norte e Bengo.
Está avaliado em 420 milhões de dólares norte-americanos e é financiado pelo Banco Mundial, com 320 milhões de dólares. Os outros 100 milhões são provenientes do Tesouro Nacional.
A província do Bié tem aproximadamente dois milhões de habitantes, distribuídos em nove municípios, nomeadamente Andulo, Camacupa, Catabola, Chinguar, Chitembo, Cuemba, Cuito, Cunhinga e Nhârea. JEC/BAN/ALH