Cuito – Dezassete mil e 500 pessoas com necessidades especiais, de sete províncias do país, serão assistidas, a partir de Abril, no âmbito do Programa de Fortalecimento da Protecção Social “Kwenda”.
As pretensões constam do documento das Transferências Sociais Monetárias nas Zonas Urbanas do Instituto de Desenvolvimento Local (FAS), apresentado, nesta segunda-feira, na cidade do Cuito, capital da província do Bié, durante um acto de exposição pública do Kwenda para pessoas com necessidades especiais.
Trata-se de pessoas com albinismo, portadoras de deficiência, idosos com várias dependências e aquelas que padecem de enfermidades crónicas, bem como crianças e jovens com necessidades especiais e em situação de vulnerabilidade.
Numa primeira fase serão contempladas as províncias do Bié, Benguela, Cuanza Sul, Huambo, Huíla, Luanda e Lunda Sul, com dois mil e 500 pessoas cada.
Cada beneficiário vai receber, de uma só vez, 66 mil kwanzas, correspondente a duas prestações trimestrais, para compra de cremes, óculos, pagamento de transporte, compra de alimentos e outras necessidades.
Para tal, estão disponíveis 165 milhões de kwanzas.
Na ocasião, o bispo da Diocese do Bié, Dom Vicente Sanombo, destacou a iniciativa do Executivo em abranger no Kwenda famílias com necessidades especiais, com vista a reduzir a pobreza no seio das comunidades.
Dom Vicente Sanombo apelou, para o efeito, à necessidade de o Governo aprimorar a fiscalização, de forma a evitar que possa beneficiar cidadãos que não preencham os requisitos exigidos.
Executivo gasta mais de 147 mil milhões de kwanzas
Cento e 47 mil 109 milhões e 105 mil Kwanzas é o valor já entregue pelo Executivo angolano a cerca de um milhão e 150 agregados familiares, desde 2020 a presente data, através do Programa de Fortalecimento da Protecção Social “Kwenda”.
O programa tem uma cobertura actual de 197 municípios.
O Kwenda comporta quatro componentes, nomeadamente As Transferências Sociais Monetárias, a Inclusão Produtiva, Municipalização da Acção Social e Reforço do Cadastro Social Único.
O Kwenda prevê assistir um milhão e 600 famílias a nível do país. Está avaliado em 420 milhões de dólares norte-americanos e é financiado pelo Banco Mundial, com 320 milhões de dólares. Os outros 100 milhões são provenientes do Tesouro Nacional.
A nível do Bié, já foram disponibilizados 21 mil 680 milhões 415 kwanzas para 187 mil famílias, das 194 mil cadastradas.
O acto contou com a presença do vice-governador do Bié, José Fernando Tchatuvela, do director-geral do FAS, Belarmino Jelembi, entre outros membros do governo local e convidados. JEC/PLB