Cunene - Nove mil e 270 famílias de 85 localidades do município do Curoca, 330 quilómetros a norte da cidade de Ondjiva (Cunene), começam a partir de hoje a beneficiar de valores monetários, no quadro da segunda fase do Programa de Fortalecimento de Protecção Social “Kwenda”.
Na primeira fase, que decorreu em Julho de 2020 em dez localidades da comuna de Xangongo, município de Ombadja, foram beneficiadas dez mil e 18 famílias, com o valor de 77 milhões e 877 mil kwanzas.
O projecto tem como objectivo reforçar a assistência social e económica das famílias mais carenciadas do país.
Até finais de 2022, cada agregado receberá 25.500 Kwanzas trimestralmente, na ordem de oito mil e 500 kwanzas/mês.
Em declarações à Angop, nesta quarta-feira, a chefe do departamento Executivo provincial do Fundo de Apoio Social (FAS) no Cunene, Pancrácia Catumbo Hossi, afirmou que o programa vai cobrir as comunas do Oncócua e Chitado.
Fez saber que depois do pré-cadastramento, fixação das listas provisórias e definitivas, segue-se agora o processo de pagamento às famílias seleccionadas.
“ Estamos a trabalhar de forma afincada para que o processo no final seja crível e transparente e, para isso, temos que seleccionar pessoas verdadeiramente vulneráveis”, afirmou.
Pancrácia Hossi disse que a par das modalidades de pagamento na fase piloto (por cartão multicaixa e via telefone), nesta fase irão entregar o dinheiro à mão, pelos bancos, nas sedes comunais, para facilitar as famílias que vivem distantes.
Com uma superfície de sete mil 998 quilómetros quadrados, o município do Curoca está dividido em duas comunas, Oncócua e Chitado, e possui cerca de 56 habitantes.
Sobre o Kwenda
O kwenda é um programa do Executivo Angolano que visa criar políticas de apoio às famílias mais vulneráveis. Prevê assistir um milhão e 600 famílias a nível do país, tendo já abrangendo famílias das províncias do Zaire, Malanje, Cuando Cubango, Cuanza Norte, Bengo, Huíla e Cunene.
Está avaliado em 420 milhões de dólares norte-americanos e é financiado pelo Banco Mundial, com 320 milhões de dólares. Os outros 100 milhões são provenientes do Tesouro Nacional.
O projecto contempla a Inclusão produtiva, que está a apoiar as iniciativas económicas viáveis, a municipalização da Acção Social, com a criação dos Centros de Acção Social Integrado (CASI) e o reforço do cadastro social único, que consiste na implementação de uma base de dados dos cidadãos em situação de pobreza e vulnerabilidade para que possam beneficiar das iniciativas do Estado.