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Justiça por mãos próprias provoca 15 mortes nos últimos três meses em Benguela

     Sociedade              
  • Benguela • Quarta, 27 Outubro de 2021 | 16h59

Benguela – Quinze pessoas morreram, nos últimos três meses, na província de Benguela, vítimas da prática de justiça por mãos próprias, protagonizada por populares, anunciou hoje, quarta-feira, o porta-voz do Comando local da Polícia Nacional, inspector-chefe Ernesto Tchiwale.

Segundo o oficial da PN, que falava à Angop, a propósito desse fenónemo, os casos ocorreram maioritariamente nos municípios da Catumbela, com cinco, Lobito, três, Benguela e Cubal, com dois cada, Balombo e Caimbambo, com um caso cada, respectivamente.

Ernesto Tchiwale apontou as desavenças familiares, acusações de feitiçaria e a retaliação de populares contra supostos indivíduos envolvidos em actos criminosos, como as principais causas que levam os cidadãos a optarem por essa prática, igualmente criminosa.

"Muitas vítimas são apedrejadas, queimadas e espancandas até a morte", enfatizou.

O porta-voz fez saber que, no período em referência, já foram detidos 14 cidadãos supostamente envolvidos nesta prática de justiça por mãos próprias.

Ernesto Tchiwale informou ainda que a corporação está atenta e tem estado a mobilizar as organizações da sociedade civil e igrejas, no sentido de trabalharem na sensibilização das famílias para absterem-se desta prática.

"Sempre que confrontados com uma situação que atenta contra a ordem pública, os cidadãos devem solicitar a intervenção dos órgãos de defesa e segurança, sob pena de serem responsabilizados criminalmente", afirmou.

Entretanto, o sociólogo Victorino Roque defendeu a necessidade das organizações da sociedade civil fazerem o seu papel e continuarem a moralizar os cidadãos, com mensagens de encorajamento, no sentido de dissuadi-los e de forma espontânea abdicarem dessa prática.

Para o Jurista Eugênio Abias, independentemente das pessoas deixarem de acreditar nas instituições da administração da justiça, tendo em conta a morosidade que se regista na tramitação processual, têm a obrigação de ajudar o Estado na manutenção da ordem e, quando as pessoas se divertem com essas práticas, está-se perante uma sociedade doente e preocupante.

 





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