Uíge - A jurista Iracelma Moisés esta terça-feira, na cidade do Uíge, às famílias desta região do país a cultivarem o hábito de denúncia de casos de violência doméstica, a fim de desencorajar esse mal na sociedade.
Em declarações à ANGOP, a propósito dos 16 dias de activismo contra a violência no género, que se assinala a 25 deste mês, Iracelma Moisés, disse que a falta de denúncia desses casos tem incentivado a prática frequente desse crime na sociedade angolana, afectando, maioritariamente, mulheres.
Considerou que a violência doméstica, para além de ser um crime, um problema que desestrutura as famílias.
Face ao crescente número de casos de violência doméstica na sociedade angolana, Iracelma Moisés aconselhou a sociedade reflectir sobre este problema.
Entre os casos de violência doméstica frequentes na provincia do Uíge, destacou a ameaça de morte, ofensas morais, privação de bens e o incumprimento do pagamento da mesada.
Durante a palestra sobre "A violência contra as mulheres, crianças e adolescentes, atitudes socioculturais, discriminação e desigualdades económicas, realizada esta terça-feira, na cidade do Uíge, o docente universitário Jorge Paim defendeu, igualmente, a necessidade de as famílias e a sociedade em geral cultivarem o hábito de denúncia contra os actos de violência domestica.
Durante a palestra organizada pela OMA no Uíge, o académico considerou fundamental combater a cultura do silêncio, com maior realce para as mulheres com medo de denunciarem casos de violência doméstica.
O palestrante definiu a violência como um mal que causa várias perturbações à vítima, desde a assimilação e interacção entre as pessoas entre consequências.
Por sua vez, a secretaria provincial da OMA no Uíge, Teresa Almeida Canda, disse que a actividade alusiva aos 16 dias da campanha de activismo contra a violência no género, evento que termina a 10 Dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. NM/EPP/JAR