Pequim – Os jornalistas da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em formação na China, visitaram, esta quinta-feira, o conhecido Templo do Céu, maior complexo de templos do país asiático.
Com um design que reflecte as leis cosmológicas que os chineses acreditam serem fundamentais para o funcionamento do universo, o Templo do Céu, construído numa área de 273 hectares, é um dos exemplos mais representativos da arquitectura ritualística chinesa.
Os edifícios foram erguidos para se relacionarem com o céu e a terra, sendo que dentro de um dos salões há 28 colunas divididas em quatro pilares centrais que representam as estações do ano, 12 colunas internas que simbolizam os meses e 12 períodos de duas horas que formam um dia.
Um dos altares é formado por lajes que podem ser postas em múltiplos de nove, número considerado poderoso por representar a eternidade.
Em três horas, os jornalistas e oficiais de comunicação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) contemplaram a “obra-prima da arquitectura e do paisagismo”, como é conhecido esse complexo erguido em 1420, considerado Património da Humanidade pela UNESCO em 1998.
Os jornalistas da CPLP cumpriram com o ritualismo chinês institucionalizado pela dinastia Ming e, seguidamente, pela Qing, que utilizavam essa complexa infra-estrutura sagrada, situada a sul de Pequim, no parque Tiantan Gongyuan, para pedir intercessão celestial para as colheitas, na primavera, e dar graças ao Céu pelos frutos obtidos no Outubro.
A jornalista da TPA no Cunene, Celma Javala, destacou o simbolismo do taoísmo e a relevância histórico-cultural e espiritual do Templo do Céu, que inclui, a norte, uma sala de oração, a sul, o Altar Circular e a Abóbada Imperial Celestial.
O mesmo foi erguido sobre três terraços circulares de mármore branco e ergue-se sobre 28 pilares de madeira e muros de ladrilho
A sala tem um triplo telhado construído com telhas de cor azul e está rematado por uma bola dourada na sua cúpula. O edifício foi destruído por um incêndio em 1899 e reconstruído no ano seguinte.
“É uma obra indescritível”, disse à ANGOP Tita Pipoka, a única influenciadora digital da delegação da CPLP presente em Pequim e maior do seu país, a Guiné Bissau, que aproveita produzir conteúdos diversificados, bem como estabelecer parcerias com entidades do seu segmento na China.
A partir desta quinta-feira, a delegação de jornalistas e oficiais de jornalismo da CPLP, que participa de um seminário multifacético, mas com temáticas viradas à comunicação, vai trabalhar na província de Nianning, a sul da China, durante quatro dias, para troca de experiência cultural.
De iniciativa do Ministério do Comércio Chinês, o seminário, que abrange 32 jornalistas da CPLP, está a abordar o “Desenvolvimento e Inovação de Reportagem de Novas Mídias em português na China”, “Prática de Reportagens em Português da Televisão Central da China e cooperação de Mídias entre os países lusófonos”, “Iniciativa Uma Faixa, Uma Roda e cooperações econômicas, comerciais entre a China e Países Lusófonos”, entre outros. YD/ART