Luanda - Jornalistas de órgãos públicos e privados, a nível do país, foram, esta quinta-feira, em Luanda, informados sobre a realização do Censo Geral da População e Habitação 2024, numa iniciativa do Ministério das Telecomunicações Tecnologia de Informação e Comunicação Social (MINTTCS), em parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O evento, onde os profissionais das demais províncias do país participaram via on-line, serviu ainda para esclarecer alguns termos técnicos relacionados ao processo.
Falando no seminário, o director Nacional de Informação e Comunicação Institucional do MINTTICS, João Demba, disse que este primeiro encontro com jornalistas é parte das acções da comunicação interministerial de apoio a realização do Censo, na sequência da apresentação pública da fase piloto.
Referiu que o mesmo teve como objectivo partilhar com a classe, enquanto principal agente para a circulação de informação, no sentido de estarem alinhados sobre o que é o Censo, suas principais etapas, momentos e todos os elementos que serão partes do processo até à sua fase final.
Salientou que, com isso, pretende-se que os jornalistas estejam melhor munidos de informações, para fazerem o seu trabalho de divulgação da informação nos vários gêneros jornalísticos existentes.
Por sua vez, o técnico do INE, Ezequiel Luís, fez saber, durante a sua intervenção, que neste ano o processo geral trará como factor inovador o uso de tabletes para fazer o registo da população e habitação, em substituição dos papéis usados para recolha dessas informações em 2014.
Apontou também como novidade a contabilização de todos edifícios existentes no país, para se aferir quantos são habitacionais e comerciais, saber quando foram construídos, qual o seu estado, quanto tempo tem de vida útil e outras informações úteis para actuação do Governo.
Disse que para aqueles que, por várias razões não estiverem nas suas residências, serão contabilizados por aquele que estiver em casa no momento da passagem dos brigadistas, desde que este seja uma pessoa idónea para prestar esclarecimentos.
Explicou que, em relação às pessoas que eventualmente venham a sair da sua província ou localidade habitual de residência e até mesmo do país, só serão registadas caso essa ausência não seja superior a um período de até seis meses a data da realização do Censo geral.
Esclareceu que nas localidades sem acesso a internet, os brigadistas deverão recolher os dados e enviar as mesmas aos supervisores usando a tecnologia via bluetooth ou dirigir-se a um BUAP e estar conectado a rede para o efeito.
A fase piloto do Censo iniciou quarta-feira, com a participação de 461 agentes de campo e mais de 500 recenseadores para assegurar a sua operacionalização nas províncias do Bengo, Bié, Cuando Cubango, Cunene, Luanda, Lunda Norte e Uíge.
Angola realizou já dois Censos Gerais da população e habitação, nomeadamente em 1970, na época colonial, e em 2014, após a independência nacional. SJ/ART