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Jornalistas angolanos constatam potencialidades da China

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  • Benguela • Segunda, 14 Outubro de 2024 | 10h22
Ministra Conselheira da Embaixada da China em Angola, Feng Chen
Ministra Conselheira da Embaixada da China em Angola, Feng Chen
Carlos Benedito-ANGOP

Pequim (do enviado especial) - Cinco jornalistas angolanos encontram-se desde este domingo (13) na República Popular da China, a convite das autoridades locais, para aferir a realidade do país asiático nos domínios económico, social e cultural.

A agenda de trabalho desses profissionais, provenientes de órgãos públicos e privados, prevê visitas às cidades de Beijing e Shenzhen, sendo a primeira a capital política e grande centro financeiro e a segunda o grande centro de desenvolvimento tecnológico da China.

Os profissionais visitaram este domingo o Museu da História do Partido Comunista Chinês e a Cidade Proibida, duas infra-estruturas de passagem "obrigatória" para quem queira inteirar-se sobre a história recente e passada deste gigante asiático.

No Museu da História do Partido Comunista é possível fazer-se uma visita em 3D às principais cidades chinesas e aferir o seu grau de desenvolvimento.

Ainda neste museu, os visitantes têm a oportunidade de conhecer, através de fotos, videos, objectos, cartas, meios bélicos, automóveis, vestuário e peças de engenharia, a história da criação e desenvolvimento do Partido Comunista Chinês e da transformação do país asiático, passando de subdesenvolvido à segunda economia do mundo, sob a sua liderança.

As grandes guerras por que passou, o sofrimento dos seus soldados na grande marcha, armamentos utilizados, a luta pela independência, trajectória dos seus líderes, o processo de mudança política, sócio-económica e os avanços nos sectores da ciência, tecnologia, economia e não só, podem ser observados numa sequência criteriosamente definida.

A Cidade Proibida, declarada Património Mundial da Humanidade em 1987 pela UNESCO e estando listada como a maior colecção de antigas estruturas de madeira preservada do mundo, foi construída entre 1406 e 1420. Cobre uma área de 720 mil metros quadrados e possui 980 edifícios sobreviventes.

A infra-estrutura centenária foi construída pelo imperador Ming para alojar apenas os membros da família real e o acesso estava reservado a famílias ou pessoas proeminentes da sociedade. Ela possui oponência e beleza arquitectónica de inestimável valor.

Os visitantes têm a oportunidade de entrar num local só aberto ao cidadão comum chinês em 1925, após o fim de uma dinastia e a queda do último imperador, Puyi, e conhecer um pouco mais sobre a vida dos imperadores, seus hábitos, costumes e crenças. 

Cerca de 40 mil pessoas provenientes de várias regiões da China e de diversas partes do mundo passam diariamente pelo museu.

Nos próximos dias estão previstas deslocações à Grande Muralha da China, Templo do Céu, Feira Hong Qiao, Instituto China-África, Centro Financeiro de Ping An, visita à Huawei, ao Museu de Planeamento Urbano de Shenzhen, Exposição da Reforma e Abertura, Parque do Povo, Colina de Lotus e à cidade Antiga.

Em breves declarações à ANGOP, a propósito dessa visita, a ministra conselheira da Embaixada da República Popular da China em Angola, Feng Chen, afirmou que a os dois países são parceiros de cooperação estratégica global, que se estende à área de imprensa.

"Levamos esse grupo de jornalistas para verem como é a verdadeira China, o que se está a fazer, seu nível de desenvolvimento e de satisfação do seu povo", referiu.

Feng Chen enfatizou que esta parceria vai continuar em vários domínios, à luz do acordado recentemente entre os presidentes dos dois países, para a satisfação de ambos os governos e povos.

Relações diplomáticas

As relações entre Angola e a China datam de 1983, com um forte carácter político no início, mas a partir de 2000 tiveram maior ênfase quando o  gigante aasiático começou a fazer empréstimos ao país para alavancar a economia nacional.

Desde 2007, Angola é o maior parceiro comercial da China em África, com um volume de negócios que registou, só em 2010, um total de 24,8 mil milhões de dólares norte-americanos.

Dez anos mais tarde, o valor das trocas comerciais com a China ascendeu os 61 por cento, ou seja, para 5,55 mil milhões de dólares.

Em 2022, o volume de trocas comerciais atingiu 27,8 mil milhões de dólares (25,4 mil milhões de euros), dos quais pouco mais de 23 mil milhões de dólares representaram as exportações de Angola para a China, essencialmente petróleo, e apenas quatro mil milhões (3,6 mil milhões de euros) foram importações dos bens acabados da China para Angola. CRB/ADR 





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