Huambo - O jornalista angolano Paulo Miranda defendeu, esta terça-feira, no Huambo, a necessidade da responsabilização criminal e civil dos profissionais de comunicação social, para se respeitar a presunção da inocência e o bom nome de outrem.
Em declarações à imprensa, após abordar o tema "Princípio e ética do jornalismo cidadão - Exploração dos valores éticos e responsabilidade no jornalismo", disse ser importante divulgar informações sem ofender os cidadãos e ter sempre em conta de que todos são inocentes até uma decisão transitada em julgado.
Paulo Miranda disse ser necessário que os jornalistas tenham sempre em conta a deontologia e a responsabilidade, sob pena de serem responsabilizados civil e criminalmente.
"Se eu disser que alguém roubou alguma coisa, eu tenho que saber provar que esta pessoa realmente praticou esta acção, sob pena de incorrer a um crime", enfatizou.
Aconselhou os jornalistas a reflectirem sempre até onde vai o limite e os excessos da informação, bem como a conhecerem os princípios delimitadores da profissão, para se evitar julgamentos em hasta pública.
Por isso, augura por mais cautelas nas matérias a publicar, tanto nas redes sociais, como em órgãos oficiais, pautando pela verificação permanente dos dados, para evitar responsabilizações.
A abordagem do tema inseriu-se no plano da formação sobre "Técnicas e Princípios do Jornalismo Cidadão", que decorre desde segunda-feira, numa iniciativa do projecto PASCAL, com a participação de 50 jornalistas de órgãos públicos e privados, assim como directores dos gabinetes de Comunicação Social das províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Luanda e Malanje.
Com palco no Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) e término previsto para quinta-feira, os participantes estão a ser formados em matérias ligadas aos “Princípios e Ética do Jornalismo Cidadão”, “Técnicas de Reportagem e Entrevista Colaborativa”, “Uso de Tecnologias Digitais e Redes Sociais”, “Análise Crítica e Produção de Conteúdo” e “Estudos de Caso e Práticas de Campo”. ZZN/ALH