Huambo – O jornalista Valentino Kulivela Yequenha, da Agência Angola Press (ANGOP), venceu, esta sexta-feira, o prémio Fórum de Jornalismo edição 2024, em cerimónia decorrida na cidade do Huambo.
O anúncio do vencedor e a entrega do respectivo prémio, com 15 concorrentes, numa iniciativa do Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade no Género (FMJIG), teve lugar no auditório do Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) do Huambo, com a presença da governadora Lotti Nolika.
O profissional foi distinguido com um trabalho que promove a igualdade de género e mostra os desafios que a mulher enfrenta na sociedade, sobretudo, no meio rural.
O vencedor recebeu um cheque de um milhão de kwanzas e um certificado de mérito.
Na ocasião, o jornalista Valentino Kulivela Yequenha disse ser um momento de bastante felicidade e inesperado para si, pois fez apenas o referido trabalho para contribuir no desenvolvimento social.
Durante o acto, foi também galardoada a jornalista Aurora da Conceição Guerreiro, da emissora provincial da Huíla do Grupo Rádio Nacional da Angola, com o Prémio Carreira.
Aurora Guerreiro, que começou a sua carreira em 1981, como locutora, redactora e repórter, recebeu, igualmente, um cheque de um milhão de kwanzas e certificado de mérito.
A propósito, a jornalista disse ser um momento de orgulho e de alegria para si, por coroar os muitos anos de dedicação e de trabalho na profissão jornalística.
Ao intervir no acto, a governadora da província do Huambo, Lotti Nolika, enalteceu a iniciativa do Fórum de Mulheres Jornalistas para a Igualdade no Género (FMJIG), por reflectir o respeito e a consideração merecida aos profissionais de comunicação social do país.
Disse que o FMJIG representa, não apenas um canal para a disseminação de informações imparciais, mas também um meio de fortalecimento das instituições públicas e privadas, que estimula a maior prática jornalística, promoção da consolidação da investigação criativa e o fomento de uma visão inovadora dos profissionais.
Incentivou os jornalistas a capacitarem-se, permanentemente, para melhor lidar com os desafios do mundo moderno, bem como a estarem focados na divulgação de conteúdos informativos, que abordam sobre a mulher rural, a luta pela igualdade do género, o combate à violência doméstica e o seu contributo para a diversificação da economia.
A propósito, a coordenadora do FMJG, Milena Costa, justificou que o anúncio dos vencedores e a respectiva entrega dos prémios decorreram, na província do Huambo, para torná-lo mais nacional, para além de ser uma região que possui "um número considerável de profissionais de referência no país".
Apelou aos demais jornalistas do país para participarem nas próximas edições, enviando as suas matérias, pois a iniciativa é uma marca que veio para ficar no mercado nacional.
As edições anteriores foram conquistadas por Margarida Bravo (2020), da Televisão Pública de Angola (TPA); Marlene Euba (2021), da Rádio Nacional de Angola; e Paulina António (2022) da TPA, enquanto o prémio Carreira teve como vencedores Nsiona Casimiro, Reginaldo Silva e Josefa Lamberga.
Fundado em 2009, o FMJIG é uma organização da sociedade civil angolana, que congrega mulheres jornalistas de órgãos de comunicação social públicos e privados, com objectivo de realizar acções de combate à violência doméstica e à violência baseada no género, além de buscar o respeito pelos direitos das mulheres. ZZN/JSV/ALH