Luanda - A jornalista angolana Ariana Veras anunciou esta terça-feira que vai trabalhar com profissionais africanos para facilitar a obtenção do "Hard Pass" e o acesso destes à Casa Branca, nos Estados Unidos da América (EUA).
A angolana falava à Rádio Nacional de Angola a propósito da entrega do seu “Hard Pass” pela administração norte-americana, passo que a tornou na primeira jornalista africana a ser credenciada na Casa Branca.
O “Hard Pass”, o equivalente a um passe de imprensa, é o principal documento de acesso ao Palácio presidencial dos EUA, atribuído a um jornalista com competências técnicas e boa conduta, validados pelos serviços de imprensa da Casa Branca e pelos Serviços Secretos Americanos.
O 'Hard Pass' funciona, igualmente, como uma chave de acesso directo ao Pentágono e ao Senado americano e permite ao jornalista aceder à área reservada para a imprensa (…).
De acordo com Ariana, a sua equipa de trabalho vai ocupar-se de explicar aos jornalistas africanos os vários passos para obter este documento, a fim de terem acesso livre ao Palácio mais vigiado do Mundo.
"Neste momento temos o “Hard Pass” e um dos objectivos que temos agora é fazer que mais jornalistas africanos tenham acesso a este “Hard Pass”. Nós estamos aqui para passar a informação e facilitar no que for possível", adiantou a profissional angolana.
Conforme Ariana Veras, que teve passagem por vários órgãos de imprensa em Angola, antes de ir para os EUA, é necessário que mais jornalistas de África tenham este documento para aumentar o volume de informações sobre o continente junto da administração norte-americana.
"Este é um dos objectivos que temos. Queremos muito fazer isso", sublinhou, manifestando-se satisfeita com a validação do seu pedido pelas autoridades dos EUA, no sentido de ter acesso livre à Casa Branca.
De acordo com a profissional angolana, foram três anos de espera, enquanto estiveram sob avaliação das autoridades, para serem acreditados como jornalistas correspondentes na Casa Branca.
“Esperamos três anos, período em que fomos, constantemente, avaliados não só pelo Gabinete de Imprensa, mas também pelos serviços secretos. Foi uma avaliação profunda”, avançou.
Para Ariana Veras, o tempo, a qualidade do serviço e o profissionalismo demonstrado, ao longo dos últimos anos, na cobertura de actividades na Casa Branca contribuíram para a conquista deste “prémio”.