Ondjiva - A solução para as repetidas inundações causadas pela chuva na cidade de Ondjiva, província do Cunene, passa pela construção de um sistema de drenagem das águas residuais, disse terça-feira a governadora Gerdina Didalelwa.
A província conta desde 2012 com projecto de infra-estruturas integradas para a cidade de Ondjiva, avaliado em 260 milhões de dólares, que até ao momento não foi executado por falta de financiamento.
O projecto compreende a pavimentação das ruas, construção do sistema de macrodrenagem da cidade capital do Cunene, melhoria das linhas de comunicações, energia e água.
Ao falar à imprensa no final da visita de constatação dos danos da chuva, dos últimos três dias, Gerdina Didalelwa lembrou que a cidade de Ondjiva, não está preparada para receber cargas de chuvas, por falta de um sistema de macrodrenagem das águas residuais.
Fez saber que a única solução para se por fim este problema, passa por estas infra-estruturas, na medida em que a cidade capital, está construída numa ilha e num terreno sem declínio, o que faz com que as águas fiquem paradas num só lugar.
“Estamos a fazer esforço para mobilizar recursos financeiros para execução do projecto, enquanto isso, decorrem trabalhos paliativos de abertura de valas para evacuação das águas para outro lado dos diques de protecção”, referiu.
Informou que em função das inundações de 2008 e 2009, fez-se um estudo de projectos estruturantes da construção de diques na cidade de Ondjiva, que seria completado com um sistema de macrodrenagem das águas residuais, que não teve continuidade.
A governante sublinhou que durante a constatação verificou-se muita água nos quintais de residências e em algumas instituições públicas, mas estão a trabalhar para minimizar a situação.
O administrador municipal do Cuanhama, José Kalomo, disse que a chuva afectou 90 residências dos bairros dos Castilho, Pioneiro Zeca, Bangula, Naipalala e Cachila, em Ondjiva, das quais uma desabou, sem vítimas.
José Kalomo fez saber que a maioria das residências inundadas foram construídas em zonas de riscos, nas margens dos diques de proteção, onde a quantidade de água se acumula por não encontrar saída.