Luanda - Dois milhões e 930 mil cidadãos fazem parte da base de dados dos segurados pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), soube esta terça-feira a ANGOP, em Luanda.
A informação é do administrador para a segurança social, Samuel Mulaza, durante uma mesa redonda sobre a “Protecção Social em Angola, Caminhos para a Cobertura Universal”, promovida pela Organização Internacional do Trabalho, financiado pela União Europeia, no âmbito do projecto de “Expansão da Segurança Social para apoiar a formalização da economia angolana”.
Segundo o administrador, o país tem caminhado para o alcance da meta de inscritos no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) até 2027, na ordem dos quatro milhões e 300 mil assegurados em todo o território nacional.
No que toca à questão do regime de cobertura, Samuel Mulaza disse que o país tem um regime suficiente, uma vez que o INSS tem instrumentos capazes que envolvem o maior leque de classes trabalhadoras.
Deste modo, sublinhou que a preocupação prende-se com o reforço da comunicação, educação e sensibilização dos cidadãos, bem como a utilização das novas tecnologias de informação.
O encontro, que juntou vários especialistas da sociedade civil, académica, jornalistas e representante da União Europeia em Angola, Paulo Simões Barroso, possibilitou a reflexão sobre a situação actual e as perspectivas para uma protecção social universal.
Apelou para maior abertura na sensibilização e informação sobre as vantagens da protecção social.
Para o jornalista João Armando, é necessário que os meios de comunicação social levem uma informação que tenha em conta a linguagem, para que as pessoas possam compreender a mensagem da segurança social.
O também director do Jornal Expansão defendeu uma maior interacção entre o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e os órgãos de comunicação social, no sentido de garantir a fluidez da informação.
Durante as discussões, os especialistas observaram ainda a necessidade de formalização da economia, sendo a segurança social responsável por melhor comunicar sobre os projectos a serem desenvolvidos.
Na mesa redonda foi defendido o reforço do alinhamento da cobertura universal da protecção social, mobilização de recursos internos, redução das desigualdades de género, integração de políticas climáticas, transparência e prestação de contas, bem como a facilidade de acesso aos cuidados de saúde e outros serviços. ANM/SEC