Luanda- O Executivo angolano, através do Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP), prevê, em breve, implementar o subsídio de aprendizagem nos centros de formação profissional, anunciou, esta terça-feira o director geral desta instituição, Manuel Mbangui.
Segundo o responsável, que falava na abertura das primeiras Jornadas Técnico Científicas Profissionais, a medida surge para dar resposta ao elevado índice de desistência ao longo do processo formativo, principalmente, na zona sul do país.
“No redesenho do Plano de Acção para a Promoção de Empregabilidade ( PAPE) e com incidência do Programa Avança e Capacita, pensamos e vamos implementar o subsídio como um mecanismo de retenção dos formandos e da sua participação a nível da formação profissional”, explicou.
Sem avançar os valores para o subsídio, Manuel Mbangui explicou que as desistências, normalmente, surgem devido à transumância dos formandos.
"Normalmente, esses formandos são pastores e tendem a deslocar-se para procurar zonas com maior e melhor pasto para o seu gado", disse.
Manuel Mbangui explicou que a inserção do subsídio de aprendizagem é um modelo que se aplica em quase todo mundo e, recentemente, a nível da Organização Internacional do Trabalho (OIT) foi adoptada uma recomendação a orientar os estados no sentido de encontrarem estratégias para a retenção dos quadros.
Antes, prosseguiu, a formação profissional foi vista como uma estratégia de ocupação dos jovens desocupados no período em que não conseguiam entrar para o sistema de ensino, hoje já não, agora ela é vista como uma opção de inserção no mercado de trabalho, porque permite actualizar e capacitar os quadros.
A jornada, com duração de dois dias, tem como objectivo a transmissão de conhecimento aos formadores dos centros de formação tutelados pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), assim como de organismos públicos e privados.
Sob o lema “Partilhar e Envolver, por uma Qualificação Melhor de Profissionais para o sector de Energia”, o evento reserva a partilha de informação sobre as reais necessidades de formação e de qualificação da mão-de-obra, proporcionando a aquisição de competências alinhadas ao mercado de trabalho.
Visa ainda melhorar a qualidade e a capacidade de análise técnica e científica dos formadores da especialidade de electricidade, no domínio da produção, transporte, distribuição e consumo de energia eléctrica no país.
Na jornada estão a ser debatidos temas como "A inovação e construções inteligentes. A electricidade do futuro e seu impacto para a formação de formadores ", " Inovação e construção inteligentes. Linhas de orientação para a formação de formadores " e " A electricidade do futuro. Energias limpas e o seu impacto na formação de formadores e qualificação de profissionais ".
O INEFOP conta com 161 centros profissionais a nível do país, 302 cursos em diversas áreas. Anualmente, forma cerca de cem mil jovens. LIN/ART